Desde 2003 prestando auxílio a mulheres que enfrentam o câncer de mama, a Unidade Regional do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul, com sede em Bento Gonçalves, fechará as portas. A situação fincanceira do Imama passa por problemas há pelo menos dois anos, quando os projetos realizados junto ao empresariado local e com o poder público não estavam mais conseguindo suprir efetivamente as despesas da instituição.
De acordo com a supervisora do Imama, Andressa Bem, houve apoio, mas não o suficiente para que o instituto conseguisse continuar atuando. Os gastos provêm da parte administrativa, como a manutenção da sede, uma vez que os profissionais que trabalham no Imama atuam de forma voluntária.
Segundo Andressa, a decisão partiu da Unidade Central do Imama, que fica em Porto Alegre. "O Imama, que atua no município há onze anos, vem enfrentando problemas há dois anos para se manter. A Unidade Central do Instituto, que fica em Porto Alegre, estava precisando custear as nossas despesas. Por conta disso, através do seu conselho administrativo, decidiu pelo encerramento das atividades da sede de Bento Gonçalves, visto que a entidade não conseguiria mais se sustentar", explica.
Por ser classificada como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, OSCIP, o Imama não pode arrecadar dinheiro por meio de eventos, como bingos e jantas, apenas buscar recursos com empresas parceiras.
Cerca de 60 voluntários trabalham no Imama. A entidade realiza desde palestras educativas, para orientação de diagnóstico precoce, grupos terapêuticos a pacientes e familiares na parte da reabilitação, além de disponibilizar perucas, lenços e chapéus, entre outras atividades. Por mês, cerca de 35 mulheres que moram em Bento são atendidas pelo Imama.
Segundo Andressa, um encontro com o poder público foi realizado para estabelecer quem vai absorver a demanda, quem vai amparar as pacientes, mas ainda não há uma definição. O Imama encerra as atividades no próximo dia 31 de maio.