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Leite e Melo iniciam missão na Holanda em busca de soluções contra enchentes

País mundialmente reconhecido pela sua capacidade de enfrentar cheias, Holanda recebe comitiva liderada pelo governador do RS e pelo prefeito de Porto Alegre

Gabriel Jacobsen

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Rodrigo Lopes / Agencia RBS
Dique é uma das obras adotadas pelo país europeu após série de enchentes.

Acompanhados de 21 secretários, assessores e técnicos, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, terão mais de duas dezenas de agendas para compreender como os Países Baixos, nome oficial da Holanda, se relacionam com a água e que políticas públicas adotam para evitar enchentes provocadas pelo mar e rios.

Na lista, estão agendas científicas, institucionais e de visita às infraestruturas holandesas destinadas a evitar que as águas provoquem danos humanos e patrimoniais. Apesar do conhecimento secular sobre como lidar com as águas, foi a tragédia de 1953 — quando uma enchente deixou cerca de 1,8 mil mortos — que os Países Baixos ampliaram investimentos e criaram novas formas de proteção e dispersão da água em seu território.

— Sou de poucas viagens internacionais como prefeito. Você for para fazer palestra, poderia fazer por videoconferência. A minha expectativa é saber como chegaram a esta situação e o que podemos adaptar — disse Melo, no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), de onde a comitiva parte em um voo para Amsterdã na noite desta quarta-feira (19).

Da parte das empresas holandesas, o interesse nos encontros é de venda de tecnologias para contenção das águas ao poder público do Rio Grande do Sul.

— É claro que as empresas têm os seus interesses comerciais. Isso é natural, o mundo é assim — acrescentou Melo.

Aprendizado

O secretário do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade de Porto Alegre, Germano Bremm, aposta nos encontros como uma forma de aprendizado sobre como organizar a gestão do tema entre níveis municipal, estadual e federal.

— A gente precisa aprender sobre gestão das águas. É algo que os holandeses têm muito evoluído — destacou Bremm.

Além dos agentes da prefeitura e governo do Estado, integram a missão dois representantes da empresa de hidrologia contratada pelo município de Porto Alegre e dois integrantes da Netherlands Business Support Office (NBSO) Porto Alegre, agência holandesa de negócios que tem sede na Capital gaúcha.

Resumo da agenda da missão:

Agenda informada pelo governo do Estado, com possibilidades de atualizações

20/02 - Quinta-feira

Chegada a Haia (Holanda)

21/02 - Sexta-feira

Reunião com a RVO – Netherlands Enterprise Agency.

22/2 - Sábado

Visita a exemplo de aplicação do conceito Room for the River na cidade de Veesen.

Visita ao projeto Room for the River em Nijmegen.

23/2 - Domingo

Visita técnica ao Zand Motor (motor de areia).

Visita ao museu da grande enchente de 1953.

Visita às barreiras contra enchentes construídas após a tragédia de 1953.

24/2 - Segunda-feira

TU Delft: apresentação de projetos de resiliência urbana.

Deltares: pesquisa em proteção contra inundações.

Flood Proof Holland: visita a locais com proteções temporárias contra enchentes.

25/2 - Terça-feira

Prefeitura de Rotterdam: reunião com o conselho municipal sobre cidades resilientes e arquitetura, além de tour pelos principais pontos da cidade resiliente.

Waterschappen Hollands e Delta: agenda sobre gestão da água.

26/2 - Quarta-feira

Ecoshape: acompanhar visita técnica e conhecer soluções baseadas em alternativas utilizando a natureza como aliada

Retorno da comitiva do governo do Estado a Porto Alegre

27/2 e 28/02 - Quinta-feira e sexta-feira

Agenda sob responsabilidade da prefeitura de Porto Alegre, ainda em tratativas

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