Um encontro entre o governador Eduardo Leite e manifestantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) no fim da tarde desta segunda-feira terminou com um policial ferido. Segundo a Brigada Militar, o PM foi atingido por soco dado por um dos participantes do protesto e perdeu um dente da frente.
Depois disso, foi impedida a saída dos manifestantes dos arredores do palácio. Os dois ônibus que estavam levando as famílias foram impedidos de sair por uma viatura da BM. A Brigada pedia que o responsável pelo soco fosse apresentado pelas lideranças do movimento.
Após o homem ser apresentado, ele foi encaminhado ao Palácio da Polícia. Depois disso, os dois ônibus com as famílias da ocupação foram liberados. O movimento diz que o homem detido também ficou ferido, com uma mordida.
Segundo nota do governo do RS, os manifestantes entraram no Piratini pedindo para falar com o governador após um dos líderes ter agredido com um soco na boca um tenente da Brigada Militar que estava na portaria (veja nota na íntegra abaixo).
Leite, que estava no palácio, conversou com os militantes e foi marcada reunião para a próxima segunda-feira (1º).
A reivindicação do MLB é por um prédio para as famílias que estavam no imóvel da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), no Centro Histórico, que foi desocupado no dia 16.
Nota do governo do RS
Nota à imprensa
Um grupo de manifestantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) esteve no saguão do Palácio Piratini por volta das 17h15 desta segunda-feira (24/6).
Os manifestantes forçaram a entrada após um dos líderes do movimento ter agredido com um soco na boca um tenente da Brigada Militar que estava na portaria. O tenente, de 68 anos, teve um dente arrancado pela agressão. Nenhum manifestante sofreu qualquer agressão.
O governador Eduardo Leite, que naquele momento seguia para embarque para Brasília, retornou e conversou com os manifestantes no saguão. Foi agendada uma reunião com o governador para a próxima segunda-feira, às 14h, para ouvir as demandas do movimento.
Cabe lembrar que o mesmo grupo havia sido recebido mais cedo pela Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab), no Centro Administrativo de Contingência. No encontro, havia sido esclarecido o trâmite para que o movimento possa buscar adesão aos programas habitacionais do Estado.
O governo do Estado lamenta a atitude violenta do grupo, mas mantém firme o propósito do diálogo em busca de soluções de moradia digna para quem precisa.