A tensão tomou conta das pessoas que estavam próximas da Fiergs, na zona norte de Porto Alegre, com o extravasamento do dique no Arroio Feijó, que contém a água na região. Informações desencontradas de que que a estrutura havia rompido — o que foi posteriormente negado pelo prefeito da Capital, Sebastião Melo —, a população começou a entrar em desespero. A orientação é de que os moradores deixem a região, mesmo sem o rompimento.
A cerca de 1,2km do dique, na altura da Avenida Assis Brasil com a Avenida Alcides Maia, a água chegou a ficar no joelho. No local, Brigada Militar e Corpo de Bombeiros, com barcos, retroescavadeiras e caminhões, auxiliavam a retirar moradores. Ainda que o sol tenha aparecido em Porto Alegre, o volume da água na região segue aumentando.
A orientação do coronel Luciano Moritz, comandante do Comando de Policiamento da Capital, é para que os moradores das zonas afetadas deixem suas casas:
— A maior orientação é a calma, não entrar em histeria com um boato que causa efeito danoso. Por óbvio, estamos vivendo um momento delicado, Porto Alegre não é diferente. Estamos orientando as pessoas a saírem do local. Natural que as pessoas se mantenham em lugares seguros. Houve extravasamento do dique. Altura da água está muito grande, mas vários voluntários com barco estão fazendo o atendimento a essas regiões.
A elevação das águas no local está sendo monitorada desde a sexta-feira (3). Segundo a Defesa Civil, a comporta de número 14, que fica próxima da Avenida Sertório, na Zona Norte, foi a única a se romper até o momento.
Em nota, a prefeitura reforçou que não houve rompimento do dique da Fiergs
"A estrutura segue extravasando desde a madrugada de sábado, 4. O transbordamento está com mais vazão de água, o que acabou nivelando a parte superior da inferior. As equipes trabalharam intensamente nos últimos dias para elevar o nível da estrutura, com a enchimentos e pedras. Os técnicos seguem no local e a prefeitura está com uma força-tarefa para acolher as famílias da região."