Com trilhos submersos, estações alagadas e danos nos sistemas de energia, a Trensurb ainda não tem uma estimativa sobre quando o trem que liga o centro de Porto Alegre à Região Metropolitana voltará a operar. Segundo a estatal, a estimativa dos prejuízos causados pela enchente só poderá será feita após o recuo das águas do Guaíba.
Dos R$ 12,2 bilhões garantidos pelo governo federal no último sábado (11) através de Medida Provisória (MP) para ações emergenciais no Rio Grande do Sul, R$ 164,3 milhões foram destinados à retomada do funcionamento do trem. Os valores serão utilizados em reparos nas estações, na via férrea e na sede administrativa da empresa, no bairro Humaitá, que também foi alagada.
“A Trensurb informa que a circulação dos trens segue suspensa por tempo indeterminado. A empresa esclarece que apenas após o recuo das águas da enchente será possível realizar uma avaliação da extensão dos prejuízos causados e quais serão as intervenções necessárias à retomada da operação do metrô. No entanto, técnicos da estatal já trabalham no sentido de viabilizar a circulação segura dos trens quando possível”, informou a estatal, através de nota.
Segundo a Trensurb, a maior parte da frota foi recolhida para locais seguros. Contudo, um trem ficou na Estação Mercado e não pode ser movimentado em virtude dos alagamentos. Além disso, três vagões encontravam-se em manutenção no pátio da empresa, também tomado pela água.
“Os danos a esses veículos serão avaliados após as águas baixarem”, explica a empresa.
Além dos estragos nas estações e nos trilhos, as subestações de energia que alimentam a tração dos trens, também foram alagadas. Já os alagamentos na sede da empresa causaram problemas nos sistemas de tecnologia de informação e impossibilitam, inclusive, a realização de atividades administrativas.