O Instituto-Geral de Perícias (IGP) identificou cinco das 10 vítimas do incêndio que atingiu a pousada Garoa na Avenida Farrapos, no bairro Floresta, em Porto Alegre, na madrugada desta sexta-feira (24). De acordo com o órgão, são quatro corpos do sexo masculino e um feminino. As identidades não foram divulgadas devido às restrições impostas pela Lei Geral de Proteção de Dados e em respeito às famílias, que serão comunicadas diretamente.
Os peritos seguem no trabalho para identificar as outras cinco pessoas. Dois corpos foram encontrados no primeiro pavimento do prédio, cinco, no segundo, e três no terceiro andar, segundo o tenente-coronel Lúcio Junes Lemes da Silva, comandante do 1° Batalhão de Bombeiro Militar. Os feridos foram levados para o hospital de Pronto Socorro (HPS) e para o Hospital Cristo Redentor.
O IGP também divulgou os endereços de atendimento às famílias das vítimas. O serviço é considerado essencial para prestação de informações e coleta de material genético (saliva e amostra de sangue) para identificação e posterior liberação dos corpos.
— Se identifiquem, trazendo um documento, se tiverem. A gente sabe que muitas dessas pessoas estão em situação de vulnerabilidade. Venham e falem da sua relação de parentesco biológico com essas pessoas que estavam, possivelmente, na pousada — explica o diretor do Departamento de Perícias Laboratoriais do IGP, Gustavo Kortmann.
Onde procurar atendimento
- Até as 17h30min desta sexta e a partir das 8h30min de segunda (29): a recomendação é que as pessoas que tinham a informação de familiares alojados no local compareçam ao Centro de Referência de Perícias Criminais do IGP. Situado nas proximidades da rodoviária, ele fica na Avenida Voluntários da Pátria, 1.358
- Das 17h30min desta sexta até as 8h30min de segunda, inclusive durante as noites e madrugadas: as equipes estarão de plantão para atendimento no Departamento Médico Legal, localizado na Avenida Ipiranga, 1.807, onde fica o necrotério
Métodos de identificação
As identificações são feitas exclusivamente pelo Instituto-Geral de Perícias. Todos os cadáveres encontrados passam, inicialmente, por um processo de análise das impressões digitais.
— É um procedimento mais rápido, fácil e barato. A gente tem uma grande expectativa de conseguir fazer a identificação da maioria dos corpos, senão de todos, por esse método da comparação das digitais — comenta o diretor.
Nos casos em que não for possível, o IGP esclarece que é necessário realizar o exame de DNA dos corpos. Para que isso aconteça, o material precisa ser confrontado com amostras de familiares, preferencialmente de primeiro grau (pai, mãe e filhos biológicos).
Segundo o diretor Gustavo Kortmann, um equipamento adquirido recentemente pela Secretaria de Segurança Pública consegue fazer essa análise em menos de duas horas. Dependendo do estado em que o corpo se encontra, outras tentativas precisam ser realizadas.
— Em virtude da urgência e dos tipos de amostras que temos nessa situação de carbonização, pois temos bastante experiência com esse tipo de amostra, a gente deve levar poucos dias, a contar da primeira tentativa, para concluir. A expectativa é de que nos próximos dias a gente já tenha identificado todos os corpos e entregue às famílias.