Ao menos quatro cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre têm pontos sem água na manhã desta terça-feira (19). Moradores de Viamão, Gravataí, Cachoeirinha e Sapucaia do Sul amanheceram sem o recurso nas torneiras, ou com pouca vazão.
Em Gravataí, são ao menos nove bairros com o problema:
- Rincão da Madalena
- Auxiliadora
- São Vicente
- Castelo Branco
- Reserva do Arvoredo
- Rosa Maria
- Por do Sol
- Neópolis
- Parque Pioneiro
A Corsan afirma que o problema decorre de uma falha mecânica em uma estação de bombeamento. A expectativa era que o reparo fosse concluído ainda pela manhã. O retorno deve ser gradual.
— Uma hora é porque eles estão de manutenção, outra hora é porque eles estão fazendo tratamento d'água, só que daí a conta no fim do mês igual vem salgada. A situação é péssima. No mínimo seis dias no mês temos que sair para tomar banho fora e buscar água de tambor — reclama Fanne Leal Silva, 27 anos, que mora no bairro Neópolis.
Viamão
Em Viamão, a população afetada reside nos bairros:
- Capororoca
- Espigão
- São Caetano
- Passo das Pedras
- Beco do Sossego
Estes locais sofrem com desabastecimento pelo menos desde a manhã de segunda-feira (18). Inicialmente a Corsan previa a normalização para a tarde de segunda, mas agora trabalha com o retorno até o início da tarde desta terça. A empresa afirma que há um problema de baixa pressão na rede, devido à pouca reserva de água.
Novos poços
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, o diretor de operações da Corsan, Fábio Arruda, afirma que novos poços devem ser perfurados em Viamão para garantir maior reserva de água em situações adversas. Eles serão abertos nos bairros Águas Claras, Itapuã e São Caetano. A previsão é que as estruturas estejam prontas em 10 dias.
— Não é que a população vai sofrer nesses 10 dias. Os poços são para garantir que qualquer oscilação de energia, qualquer interrupção do abastecimento, a gente tem os poços para contingenciar a região — afirma Arruda.
Sapucaia do Sul
Em Sapucaia do Sul, a falta d'água é causada por um rompimento de adutora. O problema gerou o corte no abastecimento em residências dos bairros Centro, Jardim e Nova Sapucaia. A previsão da Corsan é de normalizar ao longo da tarde.
Cachoeirinha
Outra cidade que convive com a falta d'água é Cachoeirinha. Segundo moradores, os problemas não são pontuais e ocorrem diariamente, inclusive no inverno. É o que ocorre no bairro Chico Mendes. Há um ano GZH esteve no local e constatou a dificuldade dos moradores com a interrupção constante do serviço. Doze meses depois, o problema continua.
— De um ano para cá, nada mudou, só promessas. Eles afirmaram que estavam fazendo algumas obras que iam melhorar a situação dos moradores ou amenizar. Tem água das 23h até as 9h. Durante o dia eles cortam o abastecimento, e a gente passa o dia inteiro sem água. A gente fica bem preocupado, pois nos últimos dias, com calor de 38 graus, não tem água em casa — lamenta o morador Maurício Cunha.
Sobre essa região, o diretor de operações da Corsan, Fábio Arruda, também assegura que obras estão sendo feitas para amenizar a situação em um curto prazo de tempo.
— Existem reservatórios que a gente está interligando agora, de 200 metros cúbicos, ali na região do bairro Chico Mendes. Algumas ações nos sistemas de bombeamento também devem ser feitas nos próximos 15 dias para garantir mais água no sistema em Cachoeirinha — complementa.
Problema voltou em Parobé
Em Parobé, no Vale do Paranhana, moradores voltaram a ter problemas com o abastecimento na manhã desta terça-feira (19). Na noite de segunda, a água havia retornado após dois dias de desabastecimento na cidade.
No entanto, um novo problema na captação do Rio Paranhana causou interrupção na madrugada, e a população acordou sem água. A Corsan explicou que a tubulação foi totalmente obstruída por galhos, vegetação e areia, que desceram pelo rio após a chuva da noite. Um banco de areia havia interrompido a circulação de água anteriormente.
Equipes da empresa realizaram a limpeza no local. A Corsan informa que o serviço foi restabelecido no fim da manhã.