Os blocos de concreto que foram colocados no lugar do asfalto em frente a sete paradas de ônibus na Avenida Nilo Peçanha, prometendo maior durabilidade ao longo dos anos de passagem de coletivos, estrearam seu funcionamento no último dia 17 de maio, depois de três meses de trabalhos. Uma nova fase de melhorias na via é esperada para se iniciar nos primeiros dias de junho, com a qualificação do asfalto entre a Rua Tomaz Gonzaga e a Avenida João Wallig, cobrindo 970 metros no sentido do Centro ao bairro.
Nesta quarta-feira (24), a reportagem de GZH foi até a via e observou que não havia mais sinalização ou indícios de obras no trecho da via que recebeu o pavimento de concreto. Os automóveis se deslocavam sem desvios ou redução das faixas no final da manhã. Trabalhadores de locais impactados pelos últimos três meses de obras celebraram o fim das primeiras intervenções com o piso mais durável, mas acreditam que novas intervenções no asfalto podem trazer de volta alguns contratempos em nome da qualificação da avenida.
— Vimos acidentes e congestionamentos por conta da redução de uma pista, além de impedir o acesso ao estacionamento da nossa empresa por alguns dias — comentou Rafael Albeche, 28 anos, colaborador de uma clínica oftalmológica em frente a uma parada de ônibus que teve o piso trocado recentemente.
As próximas intervenções acontecerão novamente em uma pista de cada vez, a partir da primeira semana de junho, visando o menor impacto possível no trânsito da região.
— Sabemos que toda intervenção causa transtornos, mas as melhorias no pavimento da avenida deixarão o trânsito mais seguro e com maior qualidade nos próximos anos. Nossas equipes ainda trabalham nos projetos para recuperação viária em outras ruas e avenidas importantes da Capital, como a Manoel Elias, por exemplo. É um avanço necessário para nossa cidade — explica o secretário municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), Marcos Felipi Garcia, através da assessoria da pasta.
Mas nem todas alterações no tráfego de veículos e pedestres vistas ao longo da Nilo a partir da Avenida Ipê desde 2021 eram por conta da qualificação do asfalto. Isso porque o trabalho de reparo do piso e instalação dos blocos de concreto, feito pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) em frente às paradas de ônibus, precisou ser interrompido para que o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) fizesse a macrodrenagem da parte do sistema Arroio Areia que passava por baixo da Nilo ao longo de 2022.
Agora, o segundo semestre de 2023 será de remoção do asfalto, escavação em locais pontuais onde uma análise prévia identificou esta necessidade, colocação de base e das camadas asfálticas. Assim como na primeira fase, em que partes menores do asfalto foram removidas para a colocação de blocos de concreto, a chuva é inimiga dos trabalhos que envolvem estes materiais do pavimento.
Primeira fase de trabalhos
Entre julho de 2021 e maio de 2022, um trecho aproximado de 2,5 quilômetros da Nilo Peçanha foi recuperado entre a rua Tomaz Gonzaga e a avenida Ipê. No local, ocorreram obras de macrodrenagem do Arroio Areia, realizadas pelo Dmae. Isso significa que, nos últimos 28 meses, a avenida teve alterações em 19 meses.
Estão sendo investidos R$ 5,2 milhões nas duas etapas da recuperação asfáltica. A SMSUrb estima que a obra já esteja em 42% da conclusão total. O prazo original estimado para a conclusão de todo o trabalho de qualificação do pavimento da via é o mês de julho de 2023.