Uma das 20 obras acompanhadas por GZH na série Retratos do Desperdício, a estrutura que abrigaria a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Guaíba, na Região Metropolitana, voltará a ver movimentação de trabalhadores.
Abandonado desde 2015, o canteiro de obras sofre com a degradação, acúmulo de lixo, crescimento da vegetação e pontos de água parada. Agora, a prefeitura de Guaíba assinou um termo para retomar o trabalho de impermeabilização e conclusão do telhado do prédio.
Ainda é um esboço inicial de reinício, pois não há informações sobre as próximas etapas da obras. Entretanto, a administração da cidade garante que o espaço vai servir como sede do futuro Centro de Especialidades Médicas de Guaíba (Cemed).
Originalmente criada para ser uma UPA, a estrutura teve obras paradas e também a desistência de gestões anteriores em retomar os trabalhos. A maior dificuldade era a falta de verbas para colocar a UPA em funcionamento depois de pronta, já que alguns municípios esperavam que essa verba (ou parte dela) viesse do governo federal, assim como recursos para as obras.
Diante da desistência na implementação, a prefeitura de Guaíba precisou devolver o valor investido no local à União. O montante de R$ 1.386.179,00 (42,27% dos 3,2 milhões previstos para todo o trabalho) foi reposto ao governo federal em parcelas.
Primeira etapa
A obra de impermeabilização e conclusão do telhado, primeira parte da retomada de trabalhos no espaço, terá investimento de R$ 575.304,31, segundo a prefeitura. A ideia é que o Cemed funcione como um centro de diagnósticos e atendimento, liberando mais espaço para o setor cirúrgico do hospital da cidade, que fica no terreno ao lado.
Além disso, a base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também vai funcionar nas mesmas dependências do Cemed.
A assinatura para retomada das obras ocorreu no dia 1º de março, no próprio canteiro. Além do prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata (PDT), participaram do ato outras autoridades do município, como vice-prefeito e presidente da Câmara de Vereadores.
— Teremos nosso Samu, rede de transporte e as especialidades, e criaremos esse complexo de saúde, ao lado da farmácia municipal, ao lado do hospital. É um sonho da comunidade que passa aqui, não deixar essas ruinas estragando — pontuou Marcelo, na ocasião.