Mudanças urbanísticas se desenham e ocorrem com participação de empresários em Porto Alegre. A aproximação do privado com o público, no entanto, gera questionamentos. Quais são os limites?
Para debater o assunto, Léo Saballa Jr. e Paulo Germano recebem, no Perimetral Podcast, Leonel Radde (PT) e Felipe Camozzato (Novo), que exerceram mandados de vereador na capital gaúcha e, na última eleição, conquistaram vagas na Assembleia Legislativa do RS.
— Porto Alegre demorou para entrar neste debate. Tivemos, durante muito tempo, um preconceito com a parceria privada. Agora, começamos a experimentar mais esse modelo — afirma Camozzato, salientando que a cidade precisa discutir formatos de contratos. — O fato é: avançamos bastante em ter essas parcerias. Não é o momento de dizer que isso não nos serve. É de fazer o ajuste fino — acrescenta.
Radde defende uma visão em que o setor público tem um papel mais ativo e pontua que, em determinadas situações, as contrapartidas às empresas extrapolam o razoável.
— Concordo que a gente tenha que aceitar as parcerias público-privadas como relevantes para a nossa cidade. Há questões em que o Estado não vai conseguir alcançar. Mas ele tem de estar participando da regulamentação, do controle social. No meu entendimento, é isso que falta em algumas iniciativas da prefeitura — diz.
O podcast é publicado toda sexta-feira no site e aplicativo de GZH, além das plataformas de áudio Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts, Amazon Music e SoundCloud.