Uma frota de iates, lanchas, veleiros e motos aquáticas navegou em conjunto ao longo do Guaíba, acompanhando os desfiles comemorativos ao bicentenário da Independência, na manhã desta quarta-feira, 7 de Setembro, em Porto Alegre. A concentração aconteceu até as 10h no pier do Shopping Pontal, antigo Estaleiro Só, na Zona Sul, e a dispersão ocorreu duas horas depois, na região da Usina do Gasômetro e do Cais Embarcadero.
A brisa que soprava do norte agitou as bandeiras do Brasil que tremulavam no deslocamento. O céu com poucas nuvens e a temperatura amena formaram o clima propício para que grupos de cinco a seis pessoas — algumas com crianças e até cachorros de estimação pequenos — se juntassem a bordo das embarcações maiores. Nas menores e nas motos aquáticas, era mais frequente ver duplas.
A Liga da Defesa Nacional do Rio Grande do Sul (LDN/RS) organizou o evento, ressaltando o caráter apartidário e patriota do movimento. Segundo informações repassadas pela liga, as águas do Guaíba receberam 272 embarcações de diferentes tamanhos.
— Não é um passeio, é uma homenagem à pátria e à soberania nacional — detalhou o presidente da LDN/RS, Marco Dangui Pinheiro.
O pavilhão nacional foi unanimidade na maioria dos barcos. Alguns traziam também as cores gaúchas, e uma embarcação substituía o círculo azul no centro por um símbolo do Grêmio. Apenas duas figuras políticas apareceram representadas a bordo, a de um candidato a deputado e a do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição.
A DNL foi criada em 1916 pelo poeta e escritor Olavo Bilac. Em seu site, intitula-se uma entidade cívico-cultural, apartidária e patriota, que visa proteger os símbolos nacionais e estimular a participação da população na vida política do país "tanto no campo cívico como no social, independente de credo político, religioso ou filosófico".
A Capitania Fluvial de Porto Alegre, braço fiscalizador da Marinha do Brasil, acompanhou a mobilização com duas motos aquáticas e uma lancha.
Ao final do evento, lanchas estacionaram perto da margem, na região do Cais Embarcadero, enquanto motos aquáticas seguiram circulando e veleiros fizeram a volta para retornarem à Zona Sul.