A Polícia Civil confirmou os nomes das duas mulheres que morreram em um acidente de trânsito na Avenida Sertório, na zona norte de Porto Alegre, na noite de domingo (14). Ana Carolina Gomes Lopes, 17 anos, e Larissa Areia Lopes, 18, eram passageiras do Siena que colidiu em uma árvore próximo ao cruzamento com a Avenida Rio São Gonçalo, por volta das 22h.
Conforme o titular da Delegacia de Delitos de Trânsito da Capital, delegado Carlo Butarelli, as vítimas eram irmãs por parte de pai.
Informações preliminares apontam que havia outras seis pessoas no veículo. Elas foram identificadas como Evandro Gomes Areia, 24 anos, Josué Gomes Areia, 22, Matheus Oliveira da Silva, 22, Katia Tatiane Mendes Gomes, 45, Luan Czerwinski da Silva, 22, e Paulo Padilha, 46 anos — que, segundo a polícia, era o condutor.
Ainda não há confirmação sobre a relação de parentesco entre os feridos.
O Hospital Cristo Redentor confirmou, nesta segunda-feira (15), que Matheus foi atendido e receberá alta em breve. Já Katia e Luan passaram por cirurgia e estão em estado grave — ele está internado na UTI, e ela aguarda leito na unidade.
Paulo está em estado grave no Hospital de Pronto Socorro (HPS). Evandro e Josué também foram atendidos no local, com lesões de menor gravidade, de acordo com a instituição.
Como será a investigação
Butarelli afirma que vai instaurar um inquérito para verificar a informação de que havia oito pessoas dentro do veículo, além das circunstâncias do acidente.
— Vamos ver se há alguma câmera para olhar as imagens e ver a velocidade do carro. Também vamos aguardar a perícia para saber sobre as condições do veículo — antecipa.
O delegado diz ainda que vai ouvir testemunhas, mas, inicialmente, afirma que o caso pode se enquadrar como homicídio culposo na direção de veículo automotor (quando não há a intenção de matar). Conforme previsto no artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a pena para este delito pode ser "detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor".
— Ainda precisamos analisar o que a perícia vai dizer sobre a possível causa do acidente. Se confirmado, o excesso de passageiros no automóvel pode ser um agravante — comenta o delegado.