Porto Alegre pode receber um letreiro com o próprio nome grafado em letras maiúsculas cravadas na encosta de um dos seus maiores morros. Ainda não há um prazo, ou uma escolha de local definido, mas essa é uma das ideias arquitetadas pela Secretaria Extraordinária dos 250 Anos da Capital.
A proposta foi sugerida inicialmente pelo assessor Eduardo Vital e ainda é uma provocação que está sendo tratada pelo secretário Rogério Beidacki entre outras pastas do Executivo municipal.
— Começamos a trabalhar há pouco, ainda vamos pensar em qual o morro ideal para receber o letreiro. Estamos conversando com a Secretaria de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) para ver onde seria o de melhor visibilidade. Não temos nada definido. Buscamos parceiros para montar isso também — pondera Beidacki.
Segundo o secretário, a cidade vive um momento propício para tais inovações estéticas na paisagem urbana. Tanto com a utilização do selo do aniversário quanto com o lançamento da marca oficial de Porto Alegre, previsto para 17 de fevereiro, são ações que caminham na mesma direção de valorizar a cidade como um polo de atrações turísticas.
— Vemos a ideia de fazer um letreiro como uma oportunidade, e a hora para tentar é agora, com os 250 anos sendo celebrados e a marca sendo lançada. Estamos em um bom momento para estes movimentos, recebemos projetos e sugestões todos os dias. É interessante demais ver que a comunidade está comprando a ideia e vivendo o aniversário — celebra.
Inspiração norte-americana
O famoso letreiro de Hollywood sobre o Monte Lee, nas alturas do bairro homônimo ao norte de Los Angeles, orna a paisagem onde vivem grandes nomes do cinema, da TV e da música. As letras de 15 metros de altura cada foram erguidas em 1923 para promover um empreendimento imobiliário chamado “Hollywoodland”, mas as últimas quatro letras foram retiradas nos anos 1940.
O local, uma das maiores atrações turísticas de Los Angeles, foi então ameaçado de extinção, quando os proprietários das terras a seus pés pensaram em vender seus lotes. Mas o falecido Hugh Hefner, magnata do grupo Playboy, então com sede em Los Angeles, ajudou a deixar as letras em segurança em 2010, com a ajuda do governador da Califórnia na época, Arnold Schwarzenegger, e outras celebridades, como Steven Spielberg e Tom Hanks.