É comum. Nem sempre a prefeitura consegue abrir todas as piscinas públicas no mesmo dia. Essa novela repetiu-se por alguns anos. Mas a demora para que os cinco locais disponíveis funcionassem de maneira conjunta não costumava ser grande. Neste ano, entretanto, já são quase 20 dias desde a abertura das piscinas de dois pontos, no Centro de Comunidade Vila Ingá (Cevi) e Centro da Comunidade Parque Madepinho (Cecopam).
Outros três espaços, porém, seguem sem receber público para banho e outras atividades aquáticas. São as piscinas do Centro Comunitário Primeiro de Maio (Ceprima), do Centro de Comunidade Restinga (Cecores) e do Centro de Comunidade da Vila Floresta (Cecoflor).
Na metade de dezembro passado, o então titular da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Juventude (SMELJ), Antônio Carlos de Oliveira Pereira, o Kiko, garantiu que a prefeitura abriria os cinco espaços de maneira conjunta. Kiko, que é judoca, deixou o cargo no início deste mês. Ele foi convidado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para comandar a seleção brasileira de judô até os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.
Na hora de encher as piscinas, notou-se que nem todas estavam aptas a funcionar. Era algo esperado. Por mais que a prefeitura tenha alegado que a manutenção foi mantida, os equipamentos ficaram parados por dois anos — a última abertura havia sido no início de 2020, antes da pandemia chegar com força ao país, em março daquele ano.
Reparos necessários
Conforme a assessoria de imprensa da SMELJ, faltam algumas peças que precisam ser repostas nas piscinas que estão fechadas ainda. A pasta afirma que os materiais "já foram solicitados durante o ano de 2021 e que está havendo muita demora nas entregas". Atual titular da SMELJ, a secretária Débora Garcia explica melhor os problemas de cada um dos espaços.
No Ceprima, o problema está em dois motores que auxiliam no funcionamento da piscina. Como ficaram desligados por muito tempo, os equipamentos estavam "travados", diz a secretária. Eles foram retirados e levados para conserto, o que deve ser concluído em até 15 dias. No Cecoflor, um cano de retorno da piscina precisa ser trocado, pois está quebrado. A previsão para o serviço é a mesma do Ceprima. O caso mais perto de conclusão é o do Cecores.
— Na Restinga também era um problema de motor, mas já foi consertado. A piscina está praticamente pronta para abrir, faltam apenas pequenos detalhes que estamos ajustando — diz Débora.
Além das cinco piscinas que abrem normalmente, a Capital tem outros dois centros de comunidade que também contam com o equipamento. Porém, já há alguns anos estes espaços deixaram de ser utilizados em razão de problemas estruturais de difícil solução. São as piscinas do Cegeb, no bairro Medianeira, e do Cecove, no bairro Sarandi.
Como funcionam os espaços
O serviço é disponibilizado de forma gratuita para a comunidade porto-alegrense. Os locais oferecem serviços como hidroginástica, dança na água, natação e banho livre. Se alguma pessoa se destacar durante as aulas de natação, é feito o encaminhamento para o projeto Social Esporte Clube, que tem como objetivo direcionar os talentos para os clubes esportivos.
Devido à pandemia, são adotadas medidas sanitárias, como uso obrigatório de máscara de proteção facial, espaçamento na fila e restrição do número de pessoas nos vestiários para evitar aglomerações. O horário de funcionamento é das 8h30min às 18h30min.
Onde ficam as piscinas
As que abrem anualmente
- Cecores: Avenida Nilo Wulff, s/n°, bairro Restinga
- Cecoflor: Rua Irene Capponi Santiago, 290, bairro Cristo Redentor
- Cecopam: Rua Arroio Grande, 50, bairro Cavalhada
- Ceprima: Rua Camoati, 64, bairro Santa Maria Goretti
- Cevi: Rua Papa Pio XII, 129-335, Vila Ingá/Passo das Pedras
As que não abrem mais
- Cegeb: Rua Coronel Neves, 555, bairro Medianeira
- Cecove: Rua Paulo Gomes de Oliveira, 200, bairro Sarandi