Na última atualização divulgada pela Vigilância Ambiental de Porto Alegre, o avistamento de escorpiões amarelos na cidade quintuplicou em 2021, na comparação com o ano passado. Até o momento, foram 104 registros de ocorrência desses animais, contra 21 em 2020. Já nos últimos cinco anos, somente 2019 teve, até o momento, um número mais elevado de casos – foram 119.
Quanto aos acidentes, já foram confirmadas três pessoas picadas – duas no bairro Anchieta e uma no Centro – em 2021. O número é inferior ao de 2020, quando houve quatro casos.
Atualmente, os bairros com maior incidência do animal são Centro Histórico e Anchieta. Para tentar diminuir a presença dos aracnídeos, a Vigilância realiza, entre as 20h e as 23h desta quarta-feira (10), captura mecânica de escorpiões na Praça Dom Feliciano.
A escolha do local se deve pela grande quantidade de animais encontrados. Até o momento, foram 48 avistamentos na praça – o equivalente a 46% do total de visualizações em 2021. A orientação da Vigilância Ambiental é que os moradores evitem circular pela região durante o trabalho da equipe.
O gerente da unidade de Vigilância Ambiental, Alex Lamas, destaca dois fatores que influenciam no aumento das visualizações dos aracnídeos.
— As altas temperaturas e o aumento da circulação de pessoas nas ruas, após um ano em que ficamos mais em casa pela pandemia, contribuem para mais animais localizados. No entanto, é importante a população seguir nos notificando pelo número 156 — afirmou.
Em caso de localizar um escorpião em casa, a orientação é colocar algo sobre o animal, como uma caixa de papelão, e avisar a Vigilância Ambiental. É importante, no entanto, que a pessoa não se aproxime muito do escorpião.
Se ocorrer uma picada do animal, a vítima deve se dirigir imediatamente ao Hospital de Pronto Socorro, já que o veneno do escorpião pode levar à morte.
— Todas as notificações que tivemos agora foram em ambientes de trabalho. Então, é importante manter o local limpo e organizado. Além disso, usar equipamentos de proteção, como luvas e botas de borracha – destacou o gerente.
Presença dos animais na Capital
A presença dos escorpiões amarelos em Porto Alegre começou a ser registrada em 2001. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS),a principal hipótese para a chegada dos animais é que eles tenham vindo em caminhões e hortifrutigranjeiros oriundos do Sudeste, especialmente de Minas Gerais, que se dirigiam à Ceasa.
Desde então, a população desse artrópode só cresce na cidade. Pelo menos seis regiões de Porto Alegre têm infestação do animal, conforme a SMS.