Prevista inicialmente para ser concluída em 7 de novembro, a reforma no calçadão de Ipanema deve atrasar, segundo confirmou a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade de Porto Alegre (Smamus). Alex Souza, diretor de Áreas Verdes da pasta, não crava uma nova data para a entrega, mas acredita que os frequentadores terão o espaço às margens do Guaíba, na Zona Sul, revitalizado até o verão.
- A expectativa é de que esteja até pronto o final do ano - destaca.
Iniciadas há quase três meses, as obras incluem o conserto do passeio, instalação de novos bancos e lixeiras, colocação de piso podotátil, revitalização de dois playgrounds, reforma da quadra esportiva de vôlei, aplicação de rampas e acessos que garantam acessibilidade, plantio de grama, criação de novas churrasqueiras e alinhamento dos postes de iluminação pública.
Também está sendo realizada a reurbanização dos canteiros centrais da Avenida Guaíba no mesmo trecho, que se estende entre a Rua Dea Coufal e as imediações do Clube do Professor Gaúcho (cerca de 2 quilômetros). Os canteiros são a parte mais avançada: 78% dos trabalhos executados, frente a 26% do calçadão.
As equipes estão tendo que refazer parte do muro de contenção que sustenta a calçada sobre a faixa de areia, com o dobro do reaterro previsto. Mas o principal motivo apontado pela Smamus para a demora é a incidência de chuvas, especialmente, nas últimas duas semanas. A pasta esclarece que, quando é feito o cronograma físico financeiro, ele não considera esses períodos chuvosos.
Em contraste com a Orla Moacyr Scliar, na área central de Porto Alegre, o calçadão de Ipanema tem bancos quebrados, pintura descascando, gramados sem grama, calçamento esburacado, ciclovia apagada e bancos e brinquedos depredados. Souza explica que, ao encontro do que os moradores da Zona Sul pediram, as obras vão qualificar o espaço que já existe, sem realizar grandes transformações visuais.
- Vai se valorizar o que tem de melhor lá, que é a paisagem. Qualificando o que já existe e ampliando em algumas áreas o calçadão para ter mais espaço contemplativo - acrescenta.
A construtora Melnick Even é quem está tocando a reforma. A execução foi viabilizada por meio do Termo de Alienação de Solo Criado por Contrapartida (TASCC), modelo que permite ao empreendedor pagar a compra de índice construtivo por meio da execução de obras importantes para a comunidade. Neste caso, tem origem da compra de solo criado para a construção de um empreendimento da construtora localizado na Rua Santa Cecília.
A obra do calçadão foi orçada em R$ 779 mil e a dos canteiros, em R$ 384 mil.