Devido ao baixo nível de água, a poluição lançada no Guaíba saltou à vista dos porto-alegrenses. Pelo menos oito toneladas de lixo foram retiradas da orla nesta semana pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).
A operação especial de limpeza ocorreu entre segunda (11) e quinta-feira (14), mobilizando 20 garis, com auxílio de dois caminhões. Mas, nesta sexta-feira (15), ainda foi possível encontrar focos de sujeira: perto da foz do Arroio Dilúvio, tinha latas de cerveja, garrafas plásticas, roupas, sapatos, além de boneca, cadeira de plástico, tampa de vaso e até uma bicicleta.
O nível do Guaíba era de 36 centímetros no Cais Mauá nesta tarde, sendo que o normal é pelo menos 60 centímetros. Esse recuo revela entulhos e rejeitos que são, segundo o diretor-geral do DMLU, René Machado de Souza, oriundos de descarte irregular.
– O material trazido pela correnteza que fica visível quando o nível das águas está mais baixo nos mostra que ainda há muito descaso com o lago e que precisamos trabalhar a responsabilidade de todos com o destino ambientalmente correto dos resíduos – diz ele.
Sebastião Melo convocou para este sábado (16) um mutirão de limpeza na Orla, das 9h às 12h, desde a Fundação Iberê Camargo até o Beira-Rio. Os voluntários vão receber sacos plásticos de 100 litros para a coleta de resíduos. Ele chama a iniciativa de "limpeza pedagógica".
O prefeito descarta a possibilidade de o convite gerar aglomerações em tempos de pandemia de covid-19:
– Não creio que terá tantas pessoas. Mas mesmo que tenha 50 pessoas, ela (a limpeza) não será feita de forma aglutinada: cada um vai estar com luva, com máscara, e, de forma adequada, vamos juntar, botar em sacos de lixo e botar no caminhão. Se os garis podem fazer, o prefeito também pode e os voluntários também.
Uma equipe do DMLU dará suporte aos participantes para o recolhimento correto do lixo, com a participação de seis garis. Dois caminhões e uma motosserra também estarão disponíveis para uso.