Sócio e dono de um dos espaços mais tradicionais de Porto Alegre, Ilmar José Tasca, o Chico Tasca, da Churrascaria Barranco, morreu na madrugada desta segunda-feira (21), aos 59 anos.
Segundo o filho mais velho, Rodrigo Tasca, 37 anos, o pai havia trabalhado até o fim da noite de domingo (20) na churrascaria. Jantava em casa, no bairro Rio Branco, com o filho mais novo, quando teve um mal-estar. Uma equipe do Samu chegou a ser acionada, mas Chico não resistiu e morreu na hora.
— Tudo indica que foi um infarto fulminante — diz Rodrigo.
Uma autópsia ainda deve determinar a causa da morte. Informações sobre velório e sepultamento ainda não foram confirmadas.
Chico Tasca era sócio da Barranco ao lado de Elson Furini. Ele deixa dois filhos, Rodrigo e Vicenzo, 17 anos, além da esposa, Márcia Tasca.
Criada em 1969, na Avenida Protásio Alves, no bairro Petrópolis, a Barranco é um dos mais tradicionais espaços gastronômicos da Capital. O estabelecimento se classifica como "um ponto de encontro de diferentes tribos", onde "políticos, empresários, artistas, jornalistas e confrarias são figuras corriqueiras nas mesas".
Neste ano, a churrascaria passou pelo o que Chico chamou de "pior momento da história da Barranco", quando precisou ser fechada em meio às restrições impostas pelo coronavírus.
—Essa é o pior momento da história da história do Barranco. A gente passou por cinco crises econômicas, várias trocas de moeda e de governo, passamos por inflação de 80% num mês e sempre conseguiu enfrentar porque a casa estava aberta. Assim, com a casa fechada, não conseguimos estudar uma saída — disse Chico, em maio, em entrevista para GZH, antes da retomada das atividades econômicas na Capital.