Vistoria técnica feita neste sábado (10) em um dos prédios do loteamento Irmãos Marista, no bairro Rubem Berta, indica que não há problemas estruturais. O procedimento foi realizado pela Construtora Direcional, responsável pela obra, após a edificação apresentar rachaduras e moradores relatarem tremores.
Conforme o Departamento Municipal de Habitação (Demhab), a unidade de Fiscalização predial e edificação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams) e técnicos da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (SMIM) analisaram e aprovaram o laudo. O local foi evacuado na noite de sexta-feira (9) por risco de desabamento e cerca de 60 pessoas tiveram de ser retiradas.
De acordo com nota divulgada pela construtora “Com base em análises, certificadas em parecer técnico de consultores especializados, ficou constatado que não havia qualquer problema estrutural que colocasse em risco a segurança e a estabilidade da edificação”.
A empresa explica que ocorreu “O que houve foi um desplacamento de cerâmicas no piso de uma das unidades residenciais, o que gerou a sensação de 'piso oco', em função da soltura em conjunto de placas e a sensação de instabilidade. As causas do desplacamento já estão em investigação técnica e, independentemente do resultado, a empresa vai promover os reparos que forem necessários.”.
Os moradores estão liberados para retornar às suas residências, de acordo com o Demhab. O órgão da prefeitura afirma que apenas uma família será hospedada em um hotel, sob responsabilidade da construtora, pois teve o piso do apartamento totalmente comprometido. O reparo será realizado pela construtora.
Havia sido solicitado, ainda, um laudo de estabilidade estrutural de todos os prédios do empreendimento, que possui 1.298 unidades habitacionais. Contudo, a Direcional afirma, por meio de sua assessoria, que o problema foi pontual no edifício em questão.
O prédio que apresentou defeito tem cinco andares e 20 apartamentos. A construção faz parte do programa Minha Casa Minha Vida e integra o condomínio que custou R$ 128 milhões. A estrutura foi destinada a famílias que foram transferidas da Vila Nazaré, em janeiro, devido a obras de ampliação do Aeroporto Salgado Filho.
Conforme o Demhab, o contrato para a obra foi assinado pela Caixa e pela Direcional em 2017. A prefeitura cedeu o terreno, realizou obras de infraestrutura no local e firmou o convênio para a construção das moradias pelo programa Minha Casa Minha Vida, totalizando 1.280 unidades, entre casas e apartamentos. Cada imóvel possui dois quartos, sala, cozinha e banheiro.
Ainda não manhã de sábado, a Caixa, que cuida da fiscalização de obras do programa habitacional, divulgou a seguinte nota:
"A Caixa esclarece que, imediatamente após ser notificada pela Defesa Civil sobre a remoção das famílias de um dos quatro blocos do residencial, encaminhou profissionais da equipe técnica, que estão no local, para avaliar a situação. A construtora Direcional foi tempestivamente notificada para que tome as providências necessárias. Até o momento identificou-se um problema de desplacamento de piso, localizado em uma das unidades. A Caixa continua acompanhando a situação no empreendimento, avaliando demais unidades para parecer conclusivo até o fim do dia. A Caixa informa ainda que está acompanhando a situação das famílias e a Construtora está em contato com as mesmas, para providências que se fizerem necessárias".