A poucos dias do início da retomada das aulas presenciais na Capital, O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) aprovou estado de greve na Educação. A decisão foi confirmada em assembleia da entidade realizada na sexta-feira (25). O diretor-geral do Simpa, Alexandre Dias Abreu, afirma que o movimento ocorre em razão da falta de condições necessárias para "preservar a saúde dos alunos, dos professores e dos funcionários que estarão envolvidos nessa situação".
Abreu destacou que, neste momento, é difícil estimar o impacto do movimento na retomada das aulas, na segunda-feira (28). A possibilidade da ação evoluir para a greve em si ou não dependerá do diagnóstico dos próximos dias, segundo o diretor. O estado de greve é um alerta para o governo de que uma greve pode ser decretada.
Na tarde deste sábado, a diretoria do Simpa se reúne para alinhar pontos da mobilização, como orientações aos profissionais. Na quarta-feira (30), a entidade realizará nova assembleia.
— É estado de greve. Não é a paralisação em si, mas a gente tende a acreditar que muitas escolas não consigam iniciar as atividades em função de uma série de faltas de garantia — pontua Abreu.
A entidade pretende solicitar ao Ministério Público (MP) a testagem em massa para covid-19 aos alunos e trabalhadores das instituições de ensino. A assembleia do Simpa, realizada por meio de videoconferência, contou com participação de 752 pessoas.
O diretor-geral frisou que a categoria "não está se negando a trabalhar", mas sim buscando "condições sanitárias adequadas, com protocolos que possam garantir o mínimo de saúde aos envolvidos" na retomada das aulas.
Na manhã deste sábado, a Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre (Smed) informou que não havia sido notificada sobre o estado de greve e que o calendário segue mantido. O cronograma prevê o retorno da alimentação na Educação Infantil e atividades de apoio e adaptação, na segunda-feira.