A falta de energia elétrica em decorrência dos estragos pelo ciclone-bomba que afetou o Estado na madrugada desta quarta-feira (1º) atinge aos menos sete unidades de saúde na Capital nesta manhã. De acordo com a Secretaria Municipal da saúde, estão sem energia os postos Lami, Restinga, Chapéu do Sol, Pitinga, Jardim das Palmeiras e Campos do Cristal.
A reportagem de GaúchaZH encontrou os serviços suspensos também no posto Camaquã, no bairro de mesmo nome, na zona sul da cidade. De porta fechada, um cartaz alertava sobre a suspensão das atividades enquanto o local estivesse desabastecido. De acordo com o auxiliar de farmácia Nei Marcelo Zambiasi, 41 anos, o número de pacientes que busca medicação chega a 300 todos os dias.
— Muita gente está nos procurando, mas não tem como acessar o sistema — explica.
As pessoas que chegavam à unidade eram avisadas da limitação. O autônomo Cristiano Souza de Almeida, 37 anos, deixou o local para buscar remédio para a esposa em outro posto. Já o aposentado Alvicio Luís Balehn, de 80 anos, contou com a boa vontade da equipe, que avaliou o seu aparelho de aplicação de insulina.
— Acho que é bateria, não está ligando — sugeriu, ao entregar o equipamento a uma técnica da saúde.
A Região Metropolitana é a mais afetada com a falta de energia no Estado, com 303 mil pessoas sem luz. Em Porto Alegre, são 150 mil. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, a CEEE informou que os postos de saúde terão prioridade nos consertos. De acordo com o diretor de distribuição da CEEE, Giovani Francisco da Silva, ao menos 700 mil clientes seguem sem luz em todo o Estado.
A expectativa da CEEE é de seguir com as equipes trabalhando durante toda a tarde desta quarta-feira (1), até a manhã de quinta (2).
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