Entre as atividades que seriam liberadas ou que teriam aumento da flexibilização nesta segunda-feira (8) em Porto Alegre estavam esporte profissional, feiras de artesanato, igrejas e cursos livres. Em razão do aumento do número de pacientes internados em UTIs, o prefeito Nelson Marchezan anunciou a suspensão de novo decreto. Ou seja, tudo permanece como está, sem aumento de atividades, mas sem fechamento das que foram liberadas. No caso das igrejas, estava previsto aumento de público em missas e cultos, por exemplo.
"Vivemos um tempo de exceção que exige senso de responsabilidade social. A prática da fé é para nós fundamental. A participação da liturgia nos templos é importante, mas existem outros modos de alimentar a fé. Antes de tudo a saúde e segurança das pessoas", disse, em nota, Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre e vice-presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
No caso do esporte profissional, existia a expectativa de liberação de treinos coletivos pela dupla Gre-Nal, por exemplo. Atualmente, atletas de Grêmio e Inter estão liberados para treinos físicos e com bola em pequenos grupos e com uma série de outras restrições.
Perguntado se chegou a decepcionar essa decisão de Marchezan, o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, foi categórico ao dizer que não:
— Vai continuar tudo como está. Não decepciona, porque esse tipo de decisão não pode decepcionar - destaca Romildo, ao ressaltar a importância dos cuidados para evitar a doença.
O vice-presidente de futebol do Inter, Alessandro Barcellos, lembra que as decisões da prefeitura e governo do Estado são baseadas em critérios técnicos.
— Assim como liberou antes (para atividades físicas dos jogadores), neste momento a gente vai respeitar e entender como uma decisão técnica de não fazer novas liberações — destaca Barcellos, apesar de dizer que considera que a liberação dos coletivos gera menos riscos do que outras atividades já liberadas.
Estava tudo pronto, também, para liberação da retomada das atividades, com restrições, do Brique da Redenção.
— A maioria dos artesãos acha cedo voltar. A gente está consciente de que o pico não chegou. Mas temos alguns colegas muito necessitados, que não conseguiram, inclusive, ter acesso ao auxílio emergencial. Isso frustrou muito eles — destaca Edegar Rissi, integrante da comissão do artesanato do Brique da Redenção.
Segundo Rissi, já estava definida, inclusive, a distância de 5 metros entre uma barraca e outra, além do uso de máscaras e álcool gel pelos comerciantes. Também já estava definido que voltariam 50 dos 180 artesãos, além de comerciantes de alimentos e de antiquários.