O procurador da Promodal, Artur Thompsen Carpes, entrou em contato com o Diário Gaúcho para enviar o posicionamento da empresa, uma das construtoras mostradas em reportagem no dia 25 de setembro. Na ocasião, o DG não conseguiu localizar nenhum representante da empresa.
A Promodal foi a construtora responsável pelo Residencial Florença, de Gravataí. O empreendimento era para ter sido entregue em 2010. Hoje, a estrutura que deveria abrigar 192 unidades tem apenas carcaças.
Em nota, o procurador informou que “a responsabilidade pelos prejuízos decorrentes do atraso no término da construção, no que se refere ao Residencial Florença, em Gravataí, é exclusivamente da Caixa Econômica Federal (CEF). A Promodal já havia construído 95% da obra quando foi alijada do prosseguimento por decisão absolutamente arbitrária e desproporcional da CEF. Referida decisão da CEF, tomada ainda em 2012, restava justificada em atraso de poucos meses na conclusão das obras”. Ainda segundo a nota, “a CEF contratou outra construtora para terminar as obras, mas nunca conseguiu finalizar os prédios. (...) Não faz sentido atribuir a responsabilidade pela ausência de conclusão dos prédios em 2019 à Promodal. Há ação judicial em curso na Justiça Federal”.
Consultada, a Caixa Econômica Federal informou que, conforme previsão contratual e após reiterados atrasos para a entrega do empreendimento, a construtora retirou-se do canteiro de obras e o seguro para substituição do construtor/incorporador foi acionado.
Leia a nota da Promodal na íntegra:
"Diante da matéria em voga, da qual infelizmente a Promodal não pode se pronunciar anteriormente à publicação, tenho a dizer, na condição de procurador da empresa, o seguinte:
A responsabilidade pelos prejuízos decorrentes do atraso no término da construção no que se refere ao Residencial Florença, em Gravataí, é exclusivamente da Caixa Econômica Federal. A Promodal já havia construído 95% da obra quando foi alijada do prosseguimento por decisão absolutamente arbitrária e desproporcional da CEF. Referida decisão da CEF, tomada ainda em 2012, restava justificada em atraso de poucos meses na conclusão das obras. A CEF contratou outra construtora para terminar as obras, mas nunca conseguiu finalizar os prédios que até hoje, conforme bem é narrado na matéria, seguem não entregues.
Vale dizer: a Promodal foi forçada a deixar a obra pela CEF em 2012 quando já estava quase terminando as obras (95%). Não faz sentido atribuir a responsabilidade pela ausência de conclusão dos prédios em 2019 à Promodal.
Há ação judicial em curso na Justiça Federal na qual a Promodal demanda a CEF por conta do predito. A petição inicial segue em anexo.
É muito importante deixar claro o ocorrido para o seus leitores, entre os quais muitos mutuários, que devem buscar junto à CEF a compensação de seus prejuízos."