Subiu para 61 o número de casos de dengue registrados em Porto Alegre em 2019, conforme balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nesta segunda-feira (15). De acordo com o órgão, 55 pessoas foram infectadas na própria Capital (casos autóctones), enquanto outras seis foram picadas pelo mosquito fora da cidade. Outros 49 casos suspeitos continuam em investigação.
Precisamos que a população verifique seu quintal uma vez por semana, elimine todos os focos de água parada
ANDERSON DE LIMA
Diretor da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde
Dos autóctones, 53 casos foram registrados no bairro Santa Rosa de Lima, e dois, no Jardim Floresta. Os casos importados são de moradores dos bairros Arquipélago, São João, Santana, Alto Petrópolis, Ipanema e Vila Ipiranga. Os pacientes têm histórico de viagem a cidades do Nordeste, Sudeste e Norte do país.
No mesmo período, foram notificadas cinco suspeitas de infecção por zika vírus, ainda sem resultado laboratorial conhecido, e 13 de chikungunya. Desses, um caso importado foi confirmado: de um paciente que reside no bairro Higienópolis e tem histórico de viagem ao Rio de Janeiro. Outros oito casos foram descartados e quatro continuam em investigação.
O diretor da Vigilância em Saúde da SMS, Anderson de Lima, explica que desde meados de março, quando foi confirmado o primeiro caso autóctone de dengue na zona Norte, a prefeitura vem realizando ações para tentar diminuir o risco de transmissão viral no bairro Santa Rosa de Lima.
Segundo a prefeitura, mais de 1,2 mil visitas domiciliares foram feitas por agentes de combate a endemias, identificando criadouros de mosquitos e fazendo busca ativa de casos não notificados. Somente na edição do Bota-Fora especial do DMLU, realizada na sexta (12) e no sábado (13), mais de 30 toneladas de resíduos que não são recolhidos na Coleta Domiciliar foram retirados de ruas do bairro. Ocorreu pulverização nesta segunda-feira no bairro Jardim Floresta.
Embora as pulverizações diminuam a quantidade de mosquitos adultos no bairro, ela não tem efeito sobre as outras fases do inseto, como ovo e larva. “Precisamos que a população verifique seu quintal ou pátio uma vez por semana, elimine todos os focos de água parada, vire potes, deixe garrafas com a boca para baixo, tampe caixas d’água e deixe desimpedidas calhas e ralos. Em uma semana um ovo pode eclodir, virar larva e mosquito adulto, voando”, diz Lima em nota publicada no site da prefeitura.
Outra medida importante nos locais com transmissão viral comprovada é a proteção individual, com uso de repelente corporal e elétrico, quando possível. “O Aedes aegypti é um mosquito que costuma picar no início da manhã e final da tarde. Ele não voa para muito além de onde nasceu, no máximo 150 metros. Portanto, se na sua casa tiver um Aedes voando, procure e elimine o criadouro”, apela.