Em ruínas desde que teve o telhado arrancado por um temporal, em outubro de 2017, e trocado pelo governo do Estado um ano depois pela construção de um presídio em Sapucaia do Sul, o Ginásio da Brigada Militar – ou o que restou dele – será finalmente demolido. O prédio fica na esquina das avenidas Ipiranga e Silva Só, um dos pontos mais movimentados de Porto Alegre.
Responsável pelo imóvel, a empresa Verdi Sistemas Construtivos reitera que não há ameaça de desabamento e que uma avaliação apontou que a estrutura não oferece riscos à população. O mesmo já havia sido constatado por um laudo técnico do governo estadual antes da transferência da posse do imóvel.
- Por mais que tenhamos laudos (apontando que não há riscos), existe um desconforto e um questionamento sobre a estrutura. Então acabamos tomando a decisão de demolir, porque não voltará a funcionar como um ginásio – afirma a diretora corporativa da Verdi, Carla Deboni.
Segundo ela, a empresa contratada para efetuar a demolição protocolará o pedido no Escritório de Licenciamento da prefeitura até esta quarta-feira (10). A partir da autorização do poder público, o prazo é de 30 dias para a empresa executar o serviço.
Conforme a arquiteta, ainda não há uma definição sobre o que será feito na área do ginásio, avaliado em R$ 40,5 milhões na época da permuta.
- A empresa ainda não decidiu se vai comercializar ou incorporar alguma coisa. Como é uma área grande, pode ter um mix de coisas – diz a diretora da Verdi.
Caso opte por vender o terreno, a Verdi terá de esperar pela conclusão da construção do presídio de Sapucaia, para receber em definitivo o registro do imóvel. A unidade prisional de 600 vagas já tem 23% dos trabalhos concluídos e previsão de entrega para o mês de outubro.
Além do ginásio da BM, a permuta do presídio envolveu seis salas e três boxes de garagem do Instituto de Previdência do Estado (IPE), avaliados em R$ 3,7 milhões.