O anúncio feito na terça-feira (5) de que, em menos de dois meses, a cidade terá um "aperitivo" do que será o Cais Mauá aumenta as expectativas dos porto-alegrenses. Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta quarta-feira (6), o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Cidade, defendeu a proposta, já autorizada pelo Executivo, que prevê a entrega parcial do espaço — a data do início dos trabalhos, contudo, não foi divulgada.
— É a oportunidade que a gente tem de começar a usar esse espaço de imediato, sem interferência no projeto inicial proposto, de revitalização de toda a área — afirmou Cidade.
A previsão é de que, até o aniversário da Capital, em 26 de março, uma área para a prática esportiva, dois hectares para livre circulação e cerca de 600 vagas de estacionamento sejam liberados. O secretário ressaltou que a entrega parcial não altera o projeto final, que prevê ainda a restauração dos armazéns e a revitalização de uma área mais próxima à rodoviária da cidade.
Longa espera
A concessão do cais por 25 anos foi assinada no final do governo Yeda Crusius, mas, oito anos depois, as obras ainda não decolaram. Tudo parecia encaminhado após todas as licenças para a primeira fase do projeto serem fornecidas, o que permitiu a assinatura da ordem de início das obras em fevereiro do ano passado. A área chegou a ser limpa e cercada, mas uma operação da Polícia Federal envolvendo antigos gestores espantou investidores, motivou novas trocas de diretoria e interrompeu os trabalhos.
Em relação ao atraso no início das obras, a Cais Mauá do Brasil, empresa responsável pelo empreendimento, limitou-se a dizer que precisava da validação do novo cronograma pelo Escritório de Licenciamento da prefeitura, o que enfim ocorreu.
Procurada por GaúchaZH nesta quarta, a empresa preferiu não se manifestar.