Dados parciais de 2018 indicam que Porto Alegre registrou o menor número de mortes no trânsito das últimas duas décadas. Entre janeiro e novembro deste ano, 68 pessoas morreram em acidentes na Capital – queda de 17% na comparação com o mesmo período de 2017, que teve 83 vítimas.
Divulgado pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o levantamento também mostra recuo nas mortes em novembro. Neste ano, cinco pessoas morreram em acidentes no mês passado, contra sete no mesmo período. Novembro também encerrou com diminuição de 16% no total de acidentes – foram 909, enquanto, no mesmo período de 2017, houve 1.087. E o número de feridos no mês teve queda de 21% – 386 neste ano, 492 em novembro de 2017.
Mais ações de prevenção
Os índices confirmam a tendência de queda na mortalidade no trânsito na cidade. Desde 2014, os números têm caído em Porto Alegre. Para o diretor-presidente da EPTC, Marcelo Soletti, a queda pode ser atribuída à ampliação das ações de educação e prevenção. Entre elas, o programa Vida no Trânsito, que investiga todos os acidentes ocorridos na cidade para direcionar a fiscalização, e a Balada Segura volante.
– Com o apoio da Polícia Civil, começamos, neste ano, a fazer blitze rápidas que mudam de um ponto para outro ao longo da noite. Isso dificulta a ação das pessoas que ainda insistem em alertar sobre as barreiras – aponta Soletti.
Com o resultado, a EPTC espera atingir a meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2011, de chegar a 76 mortes ao ano até 2020. Uma equipe de 20 pessoas, 13 agentes, desenvolve ações em escolas e instituições para reduzir os índices de acidentes, mortos e feridos no trânsito.
O grupo trabalha em sede própria e executa mais de 10 projetos permanentes. Só em 2018, foram realizadas 451 ações, com o engajamento de mais de 42 mil pessoas. O principal objetivo é transformar cada uma delas em um multiplicador para um trânsito seguro.