Uma ação do Ministério Público apreendeu, nesta quarta-feira (21), três veículos de luxo e uma obra de arte na casa da família do ex-jogador Ronaldinho e de seu irmão, Roberto de Assis Moreira. A residência fica no bairro Cavalhada, na Zona Sul, e a ordem foi determinada pela 1ª Vara Cível do Foro Regional da Restinga.
Os bens recolhidos foram duas BMWs, um Mercedes e um quadro do pintor André Berardo. Também foram arrolados objetos como TVs, mesas de snooker e pebolim. O material foi levado ao MP.
A apreensão tem relação com execuções de multas relacionadas ao meio ambiente — os fatos ocorreram em 2007, época em que foi feita uma série de intervenções em duas áreas distintas da Avenida Edgar Pires de Castro. A primeira era voltada à sede do Instituto Ronaldinho Gaúcho e a segunda, planejada para sediar o Centro Ronaldinho Gaúcho. Conforme o Ministério Público, na implantação dos parques esportivos, ocorreram cortes de mata nativa, drenagens e movimentação de terras sem licença dos órgãos ambientais.
Para reparar e compensar os danos, os réus assumiram, conforme a Promotoria de Justiça e Defesa do Meio Ambiente, dentre outras obrigações, que iriam doar uma área para o município de Porto Alegre que iria integrar futuramente a Unidade de Conservação do Morro São Pedro e a constituição de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) com 22 hectares. No entanto, nenhuma das obrigações foi cumprida.
Na esfera criminal, a Justiça condenou Roberto de Assis Moreira e o arquiteto Carlos Alberto Ramella, decisão mantida pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça em 2013.
O advogado da família de Ronaldinho, Sérgio Queiroz, diz que os veículos foram levados para serem penhorados e servem como garantia (se não houver reversão do processo ou acordo, vão a leilão). Ele citou que está conversando com o Ministério Público e, nos próximos dias, será marcada uma reunião para tentar um acordo definitivo que resolva o impasse. De acordo com o advogado, os três veículos e o quadro pertencem a Assis.