A Praça Alberto Ramos, em Porto Alegre, deixou de abrigar ratos para abrigar um amontoado de lixo. Após ser notificada pela Vigilância Sanitária do município, a empresa que utiliza o terreno teria até 20 de setembro para remover a sujeira, mas não cumpriu o prazo. Em vez de removerem as roupas, móveis e eletrodomésticos aos pedaços, empilharam tudo em um monte com quase dois metros de altura.
Definhando desde 2013, o local foi cercado por tapumes para servir como um canteiro de obras da trincheira da Avenida Plínio Brasil Milano. A construção, prevista para ficar pronta até a Copa de 2014, jamais saiu do papel.
Agora, a empresa responsável pela trincheira e pelo cercamento do terreno, Consórcio PCS (composto por Construtora Pelotense, Conpasul e Serkia), será multada entre R$ 4,01 e R$ 8.020. A companhia tem até o dia 11 deste mês para apresentar defesa a uma comissão judicante da prefeitura.
O presidente da Construtora Pelotense, Luis Roberto Ponte, que integra o consórcio PCS, informou que os materiais foram amontoados para facilitar a retirada. Ele afirma que o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) foi acionado para retirar os materiais por causa da dificuldade em "dar um destino correto" ao lixo, que está misturado. Reiterando que a praça é de responsabilidade do município — ainda que bloqueada —, o empresário afirma que irá se defender à comissão judicante.
— Com nossa colaboração graciosa, salvamos a comunidade de suas aflições e inseguranças, mesmo com o terreno sendo da prefeitura — disse Ponte.
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