A Secretaria Municipal da Saúde decidiu prorrogar, por mais 48 horas, a restrição a pacientes de outras cidades no Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC). A medida foi tomada no último sábado (15) e ampliada por mais dois dias nesta segunda-feira (17). De acordo com a secretária Rosa Groenwald, a intenção é desafogar a emergência da instituição, que enfrenta uma sequência de superlotações. Atualmente, o hospital é referência em saúde para 156 cidades.
Na última sexta-feira (14), o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) denunciou a falta de leitos no HPSC, como também a criação de um espaço paralelo de atendimento – intitulado “sala roxa”. Para o Simers, a área contraria o protocolo médico, que prevê apenas a separação pelas cores verde, amarelo, laranja e vermelho.
Já para a responsável pela saúde de Canoas, a “sala roxa” foi a opção escolhida, naquele momento, para não deixar ninguém desassistido.
— Chegamos a ter quatro ambulâncias retidas devido à superlotação. Para que a gente pudesse atender essas pessoas, foi decidido usar um espaço do hospital que estava livre naquele momento — defende.
De acordo com o sindicato, a superlotação chegou a 125% da capacidade, com 88 pacientes para 39 vagas, além da espera de até 10 dias por um leito de internação. Depois da denúncia, a prefeitura comandou uma força-tarefa, remanejando 23 pacientes do HPSC para o Hospital Universitário (HU).
— Lastimamos o ocorrido e nos solidarizamos com os médicos. Estamos conversando, com a Secretaria Estadual da Saúde, para a reorganização das pactualizações e a distribuição dos municípios atendidos dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) — destaca.
A prefeitura garante que todos os pagamentos estão em dia e que a superlotação é em decorrência da variação climática e o surgimento de doenças ligadas ao frio.