Os pacientes que procuram o Hospital da Restinga e Extremo-Sul, em Porto Alegre,podem esperar um tempo de atendimento mais rápido a partir desta semana. A Associação Hospitalar Vila Nova assume oficialmente às 7h desta terça-feira (21), no lugar do Hospital Moinhos de Vento, e tem uma meta estabelecida: reduzir o tempo de espera na emergência para até duas horas.
Um dos serviços que começa a funcionar também a partir desta terça é o laboratório para exames no local, o que deve ser essencial para a redução do tempo de espera. Atualmente, o serviço é terceirizado – o que significa que os exames de pacientes atendidos precisam ser feitos fora do hospital. A partir desta terça, o laboratório passará a fazer exames dentro da instituição.
— O Moinhos de Vento está nos entregando um hospital muito bom, moderno e com equipamentos de última geração. Precisamos elogiar o trabalho que eles fizeram. Temos, no entanto, uma meta de reduzir o tempo de espera, principalmente porque teremos o laboratório dentro do hospital. Queremos que os pacientes menos graves esperem no máximo duas horas para atendimento, já que os mais graves devem ser atendidos em poucos minutos. Hoje, há relatos de pessoas que aguardam até 10 horas — afirma o diretor da associação, Dirceu Dal’Molin.
O hospital tem hoje 62 leitos, mas ampliará o número para 111 (91 adultos, 10 pediátricos e 10 de UTI) ao longo do mês de setembro. A UTI, os quatro blocos cirúrgicos, o pronto-atendimento de traumatologia (das 8h às 20h, de segunda a sábado) e as consultas de especialidades estão previstos para entrar em funcionamento no mês de setembro. Depois que os serviços entrarem funcionando, a previsão é de que sejam feitos, em média, 4,3 mil exames e 388 cirurgias por mês.
Com o laboratório, será possível realizar exames como tomografia, ecografias, mamografias, exames laboratoriais, endoscopias digestivas alta e baixa, eletrocardiograma e raio X. No bloco cirúrgico serão realizadas cirurgias gerais e urológicas. As consultas com especialistas serão feitas a partir de encaminhamento pela prefeitura.
Serão 358 funcionários e 130 médicos que começam a trabalhar a partir de amanhã. O hospital, 100% SUS, recebe mensalmente R$ 2,3 milhões do governo federal, R$ 1,1 milhão do Estado e R$ 300 mil da prefeitura, conforme Dal’Molin.
As mudanças no Hospital da Restinga
A oferta atual
– 62 leitos, sendo 52 adultos e 10 pediátricos
– 18.320 exames realizados por mês
– Emergência e ambulatórios de medicina interna e infectologia
A oferta após a troca de gestão
– 111 leitos, sendo 91 adultos, 10 pediátricos e 10 de UTI
– 45.292 exames realizados por mês
– 4 blocos cirúrgicos e pronto-atendimento de traumatologia (atendimento 12 horas por dia, seis dias por semana)
– Emergência e ambulatórios de medicina interna, infectologia, traumatologia, cirurgia geral e urologia