O diretor-presidente da Trensurb, David Borille, reconheceu na tarde desta terça-feira (17) que havia um plano de contingência que poderia ter amenizado os transtornos vividos por usuários dos trens. Às 7h50min, as composições pararam completamente devido à queda de cabos de energia sobre os trilhos. O serviço só voltou ao normal quase cinco horas depois, por volta das 12h30min.
Borille admitiu que houve falha de comunicação que impediu o acionamento da frota reserva dos ônibus que atendem a Região Metropolitana. Ainda pela manhã, o diretor-superintendente da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), Pedro Bisch Neto, havia apontado o mesmo problema, informando que a Trensurb não alertou – como previsto no plano conjunto de contingência – o órgão responsável pela gestão do transporte metropolitano de passageiros. Mas o presidente da Trensurb acrescentou outro personagem ao problema, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) .
– A informação que eu recebi é que a EPTC foi acionada, mas ela não acionou a Metroplan. Que a informação saiu daqui para a EPTC. Mas eu quero que essa questão seja melhor averiguada aqui dentro da Trensurb. Porque o usuário não pode ficar desassistido nessa hora – disse o diretor-presidente da Trensurb em entrevista à Rádio Gaúcha.
Ao ser informada sobre a declaração, a EPTC, por meio de sua assessoria de comunicação, disse que não recebeu nenhum aviso sobre problemas relacionados à operação da Trensurb. Sobre a falha de comunicação, a Metroplan pretende solicitar formalmente à Trensurb uma avaliação sobre o ocorrido.
Queixas de usuários sobre falta de informação
Borille também reconheceu que a reclamação de usuários sobre falta de informação para quem estava nas estações e nos trens faz sentido. Segundo ele, comunicar apenas que há um problema técnico é pouco para os passageiros.
– Estamos desenvolvendo um aplicativo para smartphone para colocarmos rapidamente para os nossos usuários quando ocorrer situações como essa. Para que ele possa acessar e saber quando há problema, se deve ir à estação, para se organizar melhor. Acredito que em até 90 dias tenhamos isso pronto – prevê Borille.