Sem iluminação pública em dois postes da Rua Tenente Ary Tarrago Partenon, moradores do entorno do Presídio Central, no bairro Aparício Borges, reclamam que a vizinhança ficou mais perigosa. Vendo o número de assaltos na região aumentarem, um grupo de vizinhos se organizou para comprar e trocar a lâmpada em um dos pontos. O outro poste, porém, permanece sem luz.
Em uma reclamação feita no aplicativo Pelas Ruas, Priscila Rezende Sophia, 33 anos, relata que o problema ocorre desde o final do ano passado e que recorreu a prefeitura pelo menos três vezes, mas nada foi feito. Conforme a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), dois protocolos foram abertos no dia 2.
— A CEEE diz que devo falar com a prefeitura, e prefeitura diz que é com a CEEE. Fica nesse empurra-empurra e nada se resolve. Tem vizinho que trocou a lâmpada de um dos postes, mas não acho justo. Nossas contas estão em dia — argumenta.
Moradora da rua desde que nasceu, Priscila afirma que a violência vem aumentando devido à falta de iluminação. Um cunhado dela, que desce em uma parada de ônibus e caminha duas quadras para chegar em casa, foi assaltado e teve o celular levado.
— Uns carros ficam aqui estacionados, a gente acha que acha que não tem ninguém, mas tem pessoas ali esperando para assaltar.
Priscila conta que a rotina mudou: depois das 17h, quando começa a escurecer, ela e os vizinhos não ficam mais na frente de casa.
Sobre o "empurra-empurra" relatado pela moradora, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) afirma que a reclamação deve ser feita mesmo junto ao telefone 156, da prefeitura — depois do registro, o problema será avaliado por técnicos, que irão encaminhar a demanda ao setor responsável.
A secretaria também informou, por meio da Divisão de Iluminação Pública (DIP), que foi avisada sobre o problema no dia 2. A demanda está prevista para ser atendida na programação desta semana — porém, intervenções relacionadas a iluminação pública precisam de tempo seco para que possam ser executadas.
