Pelo menos noventa linhas municipais não estão circulando na manhã desta quarta-feira (31) em Novo Hamburgo. Os rodoviários protestam em frente aos portões de garagens das maiores empresas de ônibus da cidade: a Hamburguesa, onde estão cerca de 70 funcionários, e a Futura, onde há pelo menos 30 pessoas. A categoria pede por reposição salarial de 3,3% referente a 2017, mais 2,5% de 2018.
Para diminuir o impacto, a prefeitura de Novo Hamburgo fez um acordo com a empresa Central, de São Leopoldo, que normalmente não embarca passageiros na cidade, mas irá atender as áreas principais durante a paralisação. Conforme a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação de NH, Roberta Gomes de Oliveira, o pagamento do transporte será feito apenas em dinheiro, porque os cartões que as empresas aceitam são diferentes.
— A empresa vai auxiliar no trajeto do bairro Canudos, que é o mais populoso. Ela leva as pessoas até São Leopoldo e hoje vai poder embarcar e desembarcar passageiros dentro de NH — afirma Roberta.
Segundo a secretária, representantes das empresas de ônibus e prefeitura devem participar de reunião ainda nesta manhã.
O tesoureiro geral do Sindicato dos Rodoviários de NH, Paulo Kley, afirmou que há a expectativa de receber proposta sobre o problema.
— A greve é o extremo. Não gostamos disso — disse.
Em Novo Hamburgo, trabalham cerca de 600 rodoviários. Aproximadamente 40 mil usuários utilizam o transporte municipal por dia. Giovane de Souza, que utiliza o serviço, ficou surpreso ao saber da paralisação enquanto aguardava o ônibus na parada.
— E agora? Não sei nem se o ônibus da Central passa por aqui.