A prefeitura de Porto Alegre descartou, nesta sexta-feira (27), o fechamento do Conselho Tutelar da microrregião 7, no bairro Restinga. A informação sobre o fim das atividades na unidade responsável pelo atendimento a seis bairros da Zona Sul surgiu após a administração não conseguir renovar o contrato de locação do prédio onde funciona o órgão.
Conforme o secretario municipal interino de Desenvolvimento Social e Esporte, Leandro Balardin, a prefeitura não aceitou reajustar o valor do aluguel junto ao proprietário do imóvel. Somado a isso, o Executivo tem parcelas do aluguel em atraso (o secretário não confirmou quantos meses).
Apesar do impasse, Balardin afirma que a administração chegou a um acordo para que as atividades ocorram no prédio da Rua Eugênio Rodrigues até que seja feita a transferência para outro imóvel, ainda não escolhido.
– O Conselho Tutelar não vai ficar de portas fechadas – garante.
Diante das dificuldades financeiras para a realização de um novo contrato de locação, a secretaria passou a avaliar uma lista encaminhada pelos representantes do Conselho Tutelar com nomes de prédios públicos na Restinga, mas que pertencem a outros órgãos, como a Secretaria Municipal de Saúde, como a antiga farmácia distrital do bairro e da Unidade Básica de Saúde Macedônia, fechada neste ano.
Preocupação entre funcionários
A possibilidade de paralisação das atividades preocupou quem trabalha na instituição, já que o Conselho Tutelar recebe toda a demanda dos bairros Belém Novo, Chapéu do Sol, Lageado, Lami, Ponta Grossa e Restinga. De acordo com coordenadora, Chaiane Silva, o centro atende entre 40 e 50 pessoas por dia.
– Tem dias que recebemos 30 pessoas até o meio-dia. Segundas e quartas-feiras são os dias de maior atendimento, pois no fim de semana não há expediente e, na terça-feira, o expediente é interno. Mesmo assim, há casos em que atendemos mesmo na terça – explica.
A coordenadora acrescenta que o prédio tem problemas estruturais:
– Há goteiras, buracos no teto e fiação exposta.