Aguardada por décadas, a restauração dos 11 armazéns do Cais Mauá, em Porto Alegre, tem data definida: 5 de março. A autorização para início dos trabalhos, por parte do governo do Estado, ocorrerá na próxima quinta-feira (1º), em um ato às 10h, no Cais.
O consórcio Cais Mauá do Brasil segue trabalhando na seleção das empresas que executarão os serviços. O cronograma das obras será divulgado no dia 1°, e os primeiros 30 a 60 dias serão usados para descontaminar os armazéns. Dentro de alguns deles, ainda há transformadores que sofreram vazamento e até depósito de venenos.
Nos primeiros dois anos o foco será restaurar os 11 armazéns. Eles se transformarão em áreas de bares e restaurantes, livraria, centro de convenções e operações de negócio, além de espaços para promoção de cultura.
Essa restauração irá custar R$ 70 milhões. Outros R$ 49 milhões serão investidos para atender 40 exigências feitas pela prefeitura como a criação de aproximadamente 8 quilômetros de ciclovia para Porto Alegre e também a revitalização de duas passagens de nível para facilitar o acesso de pedestres ao Cais Mauá, que estão localizados na rua Ramiro Barcelos e no largo do Mercado Público. Os recursos virão de um fundo de investimento que irá bancar a obra.
Para realizar as outras duas etapas, o consórcio precisará receber novas autorizações. Está prevista, ainda, a construção de três torres na zona das docas (perto da Rodoviária) e de um centro comercial próximo ao Gasômetro. Todo o complexo de 3,2 quilômetros deverá custar entre R$ 500 milhões e R$ 700 milhões e ficar pronto em até seis anos. A exploração do espaço ocorrerá por 25 anos, com possibilidade de prorrogação por mais 25 anos.