As obras da nova ponte do Guaíba devem parar novamente. Desta vez, não será por falta de dinheiro, motivo que já adiou o término da obra algumas vezes. O problema maior envolve a demora na transferência de mil famílias que precisam ser reassentadas em Porto Alegre para que a obra seja concluída.
Três áreas para a construção das novas moradias estão sendo discutidas pelos governos federal, estadual e municipal. Dessas, apenas uma está em estágio mais avançado, dentro do processo burocrático de repasse ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Quando a posse for transferida em definitivo, faltará ainda realizar a urbanização dos terrenos e, depois, a construção das casas.
Hoje, o dinheiro disponível indica que os trabalhos na nova ponte serão mantidos até abril de 2019. No melhor cenário, a construção da nova ponte ficará parada entre maio e outubro do próximo ano. Porém, se os processos de reassentamento não receberem prioridade, a construção da nova ponte do Guaíba poderá ficar parada até o fim de 2020.
- Para resolver em tempo hábil (a construção da nova ponte), somente com uma sinergia entre todos órgãos envolvidos, o que até o momento não aconteceu - avalia o superintendente regional do Dnit no Rio Grande do Sul, engenheiro Hiratan Pinheiro da Silva.
As obras começaram em outubro de 2014 e deveriam ter sido concluídas em setembro de 2017. Já foram investidos R$ 412 milhões. Até agora, 56% das obras foram realizadas.
Em novembro do ano passado, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, veio a Porto Alegre e prometeu R$ 240 milhões para a construção da nova ponte do Guaíba. Para concluir a obra, faltarão ainda outros R$ 120 milhões.