Prevista para ser concluída em setembro deste ano, a ciclovia na Avenida Goethe, em Porto Alegre, deve ficar para 2018. A obra iniciada em junho tinha prazo para ser finalizada em 90 dias, mas a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) estima que os trabalhos se encerrem apenas no início de janeiro. O motivo, alega o órgão, é uma substituição da construtora contratada.
A implantação do trecho começou em 7 de junho em dois trechos, próximo às ruas Dona Laura e Vasco da Gama.
Pablo Weiss, da Associação de Ciclistas de Porto Alegre, pensa que a implantação de ciclovias pela cidade é uma forma de estimular mais pessoas a aderirem ao veículo de duas rodas, o que pode melhorar a qualidade do ar e do trânsito. No entanto, a demora para concluir as obras representa um "descaso e falta de visão dos gestores públicos". Ele defende que a criação de uma rede cicloviária, em vez de trechos soltos espalhados pela cidade, também pode incentivar o uso da bicicleta.
— Porto Alegre foi uma das primeiras cidades a ter uma legislação que determina a construção de ciclovias. Há uma lei em vigor desde o ano de 2009, prevendo a implementação de 490 quilômetros de ciclovias na Capital. Até hoje, quase 10 anos depois, não temos nem 70 quilômetros. Nesse ritmo, provavelmente serão mais três décadas de espera — lamenta Weiss.
Financiada por meio de uma contrapartida com as Lojas Renner, a ciclovia da Goethe faz parte do Plano Diretor Cicloviário de Porto Alegre. Segundo a EPTC, houve uma substituição da construtora contratada pela Renner e a nova previsão é de que a obra seja concluída no início de janeiro "em razão das férias coletivas das empresas construtoras no final do ano".