Entretanto, o número de problemas relacionados as fugas de água se prolongam há algum tempo. E, depois da publicação de ontem, a reportagem recebeu outros relatos de pontos onde o desperdício está acontecendo. Os problemas relatados por leitores são em pontos da Zona Norte, como nos bairros Rubem Berta e Jardim Lindoia, e na Zona Leste, nos bairros São José e Partenon.
Ainda segundo os moradores, entre alguns que entraram em contato com a prefeitura, o número de protocolo da reclamação não foi informado pelo atendente. O motivo seria a existência de registros anteriores do mesmo problema no sistema.
Em um dos casos, o vazamento se prolongou por tanto tempo e com tanta intensidade que o asfalto da Rua Pereira Ibiapina, no bairro São José, começou a ceder, com buracos se abrindo na pista. Moradora do local, a comerciante Maiara Patrícia Danhaia Ramos, 33 anos, está preocupada com as condições da rua.
— Esse asfalto está todo oco. E está cheio de água que vazou aí por baixo. Sempre tem crianças brincando aí na rua, se chega a ceder o solo, imagina a tragédia — alerta Maiara.
Desabastecimento
A fuga de água, que já dura um mês, foi tanta que, na terça-feira, faltou água na região, segundo a moradora. Maiara conta que ainda ontem o abastecimento foi normalizado, mas o vazamento segue:
– Voltou (o abastecimento). Mas, do jeito que está indo água embora, vai faltar de novo.
Além da fuga no bairro São José, moradores da Capital informaram sobre outros vazamentos. Na Rua João Paris, 1.145, bairro Rubem Berta, o problema ocorre há 15 dias. Na Rua Rosa Maria Malheiros, 9, no mesmo bairro, já são três semanas de vazamento. Também no Rubem Berta, na Rua Cezário Lopes da Silva, 53, o vazamento dura 45 dias. No bairro Jardim Lindoia, um vazamento ocorre na Rua Ouro Preto, 867. Outra fuga, na Avenida Bento Gonçalves, 4.385, jorra água há 20 dias.
Atendimento está reduzido
A assessoria de imprensa do Dmae explicou que o departamento está empenhado em resolver os problemas, mas reforçou que, devido à greve dos servidores municipais, as equipes nas ruas estão reduzidas. O órgão alega estar atendendo dentro da capacidade possível.
O Dmae afirmou que em casos de problemas que já existem protocolos registrados, não é registrada uma nova reclamação, para não gerar relatos duplos no sistema. O morador que liga para relatar problema já registrado no sistema pode pedir o mesmo número de protocolo que já foi informado para quem registrou primeiro a situação.
*Produção: Alberi Neto