Depende de laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP) a continuidade da investigação sobre o suposto caso de homofobia em uma festa de formatura em Porto Alegre.
Depois de as imagens das câmeras de segurança se mostrarem inconclusivas para o inquérito, a delegada Cristiane Ramos conta com laudos para ajudar a identificar possíveis lesões sofridas pelo empresário e psicólogo Marcus Vinicio Soares Beccon, 53 anos. Ele relata ter sido agredido depois de beijar seu namorado, o universitário Raul Silveira Weiss, 22 anos, durante uma festa de formatura na Associação Leopoldina Juvenil.
– Estamos aguardando o retorno do IGP para ver se ele tem lesões, qual a profundidade, e ver se há necessidade de inquirir outras pessoas ou não – disse a delegada.
Leia mais:
Suposto caso de homofobia traz à tona debate sobre convivência com o diferente
ÁUDIO: "Decidi falar para que outros não passem por isso", diz psicólogo
ÁUDIO: "Não bati, não toquei, não xinguei", diz pai de formanda
Na madrugada de 5 de agosto, Beccon esteve no Palácio da Polícia para relatar ter sido imobilizado no piso do salão de festas da e ter recebido tapas e chutes de um grupo de homens. Ele submeteu-se a um exame de corpo de delito.
Dias após o episódio, Pablo Gustavo Beis Irigoyen, 55 anos, pai da formanda e um dos homens suspeitos de ter agredido o casal, veio a público para negar as acusações. Ele afirmou que na verdade teria tentado ajudar a levantar do chão a suposta vítima, que teria tropeçado e caído sozinha.