Fã de Dilma Rousseff, de quem pegou o sobrenome emprestado, Carolina Rousseff (PT) assumiu uma vaga na Câmara de Porto Alegre na última terça-feira (1º). Aos 21 anos, ela é a vereadora mais jovem a ingressar na Casa.Contudo, a passagem pelo cargo durou pouco, já que na próxima semana volta o titular da cadeira, Marcelo Sgarbossa (PT). Ainda assim, Carolina teve tempo para protocolar dois projetos, além de outras medidas administrativas.
– Muito importante para nós apresentarmos nosso projeto político na Câmara não só por ser a mais jovem, mas por mostrar que a juventude tem vez, tem voz e quer participar dos espaços – comenta.
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Carolina recebeu 423 votos na eleições do ano passado, ficando na 23ª posição entre os suplentes do partido à Câmara Municipal. Todos abriram espaço para que ela assumisse o mandato nessa semana para apresentar seus projetos.
O primeiro, assinado em conjunto com o também vereador suplente Professor Bernardo (PT), atualiza o Estatuto da Juventude de Porto Alegre, elaborado em 2006. A redação proposta é idêntica à do documento nacional, que é de 2013.O outro texto é referente ao transporte coletivo. Em meio a críticas aos projetos encaminhados pelo prefeito Nelson Marchezan, que reduzem isenções e autorizam viagens sem cobradores nos ônibus, a vereadora explica o principal ponto da proposta.
– A gente propôs garantir o que temos e ampliar. Defendemos o meio-passe estudantil e amplia-lo, dando carência de seis meses para a juventude que termina o ensino médio e precisa procurar emprego – conta.
Dilma Rousseff
Em relação ao uso do sobrenome da ex-presidente Dilma Rousseff, ela explica que há utilizava o nome Carolina Rousseff antes mesmo da campanha eleitoral do ano passado. A vereadora afirma ser um gesto de resistência.
– Ela é a presidente que a gente reconhece, tendo em vista que ela foi eleita democraticamente, 54 milhões de votos. É uma grande honra e luta levar o sobrenome dessa presidenta e mostrar pra muita gente que achou, inclusive o presidente atual, o golpista, que iria enterrar isso. Não. A história continua viva – conclui.