A prefeitura de Porto Alegre e o Sindicato dos Municipários (Simpa) se reuniram mais uma vez, na tarde desta quinta-feira, para tratar das mudanças implementadas na rotina dos professores e das escolas municipais. No encontro, o prefeito Nelson Marchezan citou "resultados péssimos" para justificar as alterações.
– Processo sem resultado não serve, e o foco é a aprendizagem do aluno. Processos construídos ao longo dos anos não podem justificar resultados péssimos – afirmou o chefe do Executivo.
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Conforme a norma determinada pela Secretaria Municipal da Educação (Smed) pouco antes do começo do ano letivo, os docentes passam a lecionar durante cinco dias da semana, por quatro horas diárias. Até então, os professores trabalhavam quatro dias por semana, durante quatro horas e mais 30 minutos de hora-extra, para depois compensar no quinto dia fora das escolas. Nesse dia, os docentes eram substituídos por volantes, para que fizessem o planejamento escolar individual.
Durante a reunião, os professores afirmaram que a maior parte das escolas não está cumprindo a norma porque falta um número adequado de funcionários para acompanhar os estudantes. Eles alegam que ficavam com o aluno no horário do café da manhã, antes da aula, e que isso também faz parte da educação.
Como a aula deve começar às 8h, não há funcionários que acompanhem os estudantes antes, sustentam. Os educadores também defendem a realização de reuniões pedagógicas com toda a equipe, o que acontece em horário de aula.
O prefeito ressaltou que a prefeitura "não abre mão" de que os professores deem aulas durante todos os dias da semana. Por isso, não houve acerto entre os dois lados.