Uma parceria entre as secretarias municipal e estadual da Saúde e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) vai permitir a instalação de um serviço de verificação de mortes em Porto Alegre. O objetivo da iniciativa, que deve contar com a adesão de outras instituições de ensino superior, é desafogar o trabalho dos médicos nas unidades de saúde. As informações são da Rádio Gaúcha.
Segundo o secretário municipal da Saúde da Capital, Erno Harzheim, quando uma pessoa morre de forma natural fora de um hospital da cidade, o corpo precisa passar pela avaliação de um médico para atestar a causa do óbito. Na maioria das vezes isso era feito nas unidades básicas de saúde.
– A gente vai retirar a tarefa que os médicos das unidades de saúde do município têm hoje de fazer a verificação dos óbitos em casos de morte natural. Quando há suspeita de morte violenta, o serviço segue como responsabilidade do Departamento de Medicina Legal, ligado à polícia.
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Além disso, o centro terá a missão de atender as famílias após as mortes, para tentar reduzir os impactos da perda, e ainda investigar óbitos de interesse epidemiológico em todo o Estado.
– Quando tivermos suspeita de uma doença nova, de um surto epidêmico, esse serviço vai fazer necropsia, exames, para tentar descobrir as causas da morte e ajudar no combate a doenças que aparecem.
De acordo com ele, o serviço estará em funcionamento num prazo de até 60 dias, junto ao Departamento de Medicina Legal do Estado. O governo estadual irá colaborar com a estrutura, a prefeitura irá disponibilizar alguns profissionais de saúde, mas a maior parte do atendimento de verificação das mortes será feito pelas universidades, com o trabalho de médicos residentes.
– A gente atende a necessidade de formação de um médico jovem, uma necessidade da população, uma necessidade do médico da unidade básica que não para de fazer os atendimentos. E uma típica situação em que todos ganham.
Por solicitação do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), até a abertura do centro, o serviço será feito temporariamente pelo Hospital Vila Nova, e não mais pelos profissionais das unidades de saúde.
*Rádio Gaúcha