Há dois anos, Julio Cesar convive com o mau cheiro e outros inconvenientes causados pelo acúmulo de esgoto cloacal na porta da ferragem que gerencia, localizada na Avenida Bento Gonçalves, zona leste de Porto Alegre. Segundo ele, além de o interior do estabelecimento ficar tomado pelo odor, pedestres são surpreendidos por carros que passam pelas poças jogando água na calçada.
Julio conta que, antes das obras do viaduto São Jorge – pensado para a Copa de 2014 e concluído em 2016 –, a região já sofria com alagamentos na Bento Gonçalves. Desde a construção, somou-se a isso o problema com esgoto.
– As pessoas passam aqui e tomam um banho de esgoto cloacal. É o fim da picada. Há 10 anos, é o mesmo problema – relata.
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O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), responsável pelo reparo e conservação da rede de esgoto cloacal, afirma que está ciente da situação e que busca a melhor forma de resolvê-la. Conforme o órgão, o problema iniciou durante as obras do viaduto porque a construção de uma caixa de telefonia bloqueou a rede de esgoto.
Em nota, o Dmae diz que "abriu um processo para definir se, legalmente, pode fazer a obra de correção ou se tem que exigir este trabalho dos responsáveis pela construção do viaduto, que bloquearam a rede de esgoto". Ainda segundo o órgão, com a diretriz da nova administração municipal de reduzir custos, diversas demandas estão reprimidas nos consertos das redes de esgoto atendidas pelo órgão.