Que o Carnaval ganhou as ruas de Porto Alegre, apaixonados pela folia – e não tão simpáticos à festa – já sabem. O que uma liga formada há poucos meses pretende, agora, é dar visibilidade a blocos de comunidades que há anos fervem nas periferias, mas que não encontravam espaço nos calendários da folia mais tradicionais.
A Liga dos Blocos Descentralizados foi criada em outubro do ano passado e reúne 20 blocos de comunidades da Capital. Neste feriadão de Carnaval, vai realizar desfiles de sete blocos em quatro dias, em uma arena fechada no Parque Marinha do Brasil. Além da identidade do samba de raiz, boa parte dos blocos caracteriza-se pela articulação com lideranças comunitárias e pela relação com escolas de samba de Porto Alegre.
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– Nosso público-alvo é a família, pai, mãe, filho, neto, tia. É uma forma de levar o Carnaval para os bairros e resgatar os antigos carnavais – defende Otávio Miguel da Luz Pereira, presidente da Liga dos Blocos Descentralizados.
Num Carnaval atípico como o deste ano, que não terá os desfiles das escolas de samba no Sambódromo do Porto Seco em função da falta de recursos (o evento foi transferido para o fim de março), quem quiser entregar-se à folia encontrará mais esta opção, para além da programação da Liga das Entidades Burlescas da Cidade Baixa e Blocos Independentes.Confira algumas histórias da folia nos bairros.
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Roberta Schuler
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