Ex-diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari comentou, na tarde desta quarta-feira, declarações de seu sucessor a respeito do reposicionamento de radares móveis para locais sempre visíveis. Mais cedo, ao Gaúcha Atualidade, Marcelo Soletti afirmou que não haverá agentes com controladores de velocidade escondidos atrás de muros, postes ou árvores durante a atual gestão.
– Não tem nenhuma novidade nisso. A minha orientação sempre foi no sentido de a fiscalização ficar em lugar visível, para que a gente pudesse realmente sempre ser visto – disse Cappellari a Zero Hora.
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O ex-diretor-presidente reconheceu que "eventualmente poderia ter algum tipo de comportamento inadequado" por parte do agente de trânsito, ao realizar a fiscalização em locais mais escondidos, mas garantiu que isso era vedado pela direção da empresa pública.
– Coordenadores e gerentes sempre recebiam a determinação de evitar qualquer tipo de pegadinha – sentenciou.
Cappellari defendeu a ostensividade do agente público como forma de coibir a conduta inadequada – afirmando, ainda, que houve uma redução significativa no número de acidentes com vítimas fatais entre 2010 e 2016.
Quando questionado pelos apresentadores do Gaúcha Atualidade se havia fiscalização em locais escondidos anteriormente, Soletti disse que ocorria "muitas vezes embaixo da sombra, por causa do agente, ou em local com menor visibilidade".