Cerca de 500 garis que trabalham na coleta de lixo domiciliar em Porto Alegre paralisaram as atividades por volta das 7h desta quarta-feira. Eles reclamam de salários atrasados e protestam em frente ao galpão da empresa Belém Ambiental, na Zona Norte. De acordo com o grupo, o dinheiro deveria ter sido depositado na terça-feira.
A prefeitura reconheceu a dificuldade em pagar as empresas terceirizadas. Nenhum responsável pela Belém Ambiental quis falar com a reportagem da Rádio Gaúcha.
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O secretário de Serviços Urbanos de Porto Alegre, Ramiro Rosário, foi à sede da empresa, na Avenida Caldeia, para resolver o impasse em relação ao serviço, que segue suspenso. No início da tarde, a prefeitura divulgou uma nota afirmando que "a folha de pagamento da terceirizada já está sendo rodada" e que "empresa voltará a cumprir os roteiros nesta tarde".
De forma emergencial, equipes que retiram resíduos de focos de lixo atuaram em vias centrais da cidade para auxiliar na remoção de resíduos orgânicos e rejeitos que já estavam dispostos para a coleta.
Confira o que diz o DMLU em nota:
"A Secretaria de Serviços Urbanos esclarece que na manhã desta quarta-feira, 7, a empresa que presta o serviço de coleta domiciliar em Porto Alegre, a B. A. Ambiental, paralisou as atividades. A suspensão do serviço ocorreu porque um grupo de funcionários impediu a saída dos caminhões que recolhem os resíduos domiciliares.
Devido a negociações realizadas entre o Secretário de Serviços Urbanos, Ramiro Rosário, a diretoria da empresa e os funcionários, a contratada assumiu o compromisso de saldar os salários dos funcionários. A folha de pagamento da terceirizada já está sendo rodada. A empresa voltará a cumprir os roteiros nesta tarde, sendo que o serviço deverá ser normalizado até o início da noite.
Como medida emergencial, as equipes que retiram os resíduos de focos de lixo atuaram desde a manhã em vias centrais da cidade, auxiliando na remoção de resíduos orgânicos e rejeitos que já estavam dispostos para a coleta.
Esclarecemos, ainda, que o serviço da coleta seletiva, que recolhe resíduos recicláveis, e da coleta automatizada, que realiza a operação por meio de contêineres, não foram afetados. As coletas são feitas por meio de contratos com outras empresas.
Devido aos esforços da prefeitura pra normalizar os serviços oferecidos à população, o pagamento da fatura referente aos serviços realizados no mês de janeiro está previsto para esta sexta-feira, dia 10. Há uma dívida de R$ 9,8 milhões com a empresa, referente a atrasos de pagamentos da gestão anterior. Diante da grave crise das finanças da prefeitura e das prioridades definidas pela nova administração para atender o interesse público, foi expedido o Decreto nº 19643, em 4 janeiro de 2017, que estabelece a suspensão temporária dos pagamentos de despesas do exercício de 2016 e anteriores."