Uma nova rodada de negociações entre rodoviários e representares das empresas de ônibus de Porto Alegre está marcada para a próxima segunda-feira. Enquanto não houver um entendimento entre as partes, as companhias não pagarão o plano de saúde dos funcionários. O tema é um dos motivos de discórdia: os empresários já apresentaram proposta reduzindo o pagamento mensal dos trabalhadores de R$ 65 para R$ 60, recusada pela entidade. As informações são da Rádio Gaúcha.
– Hoje, entramos em contato com o plano, e ele está voltando. Temos que baixar mais o valor – relata o vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Sandro Abbade, sobre uma negociação com a responsável pela assistência médica.
Leia mais:
Paralisação afeta 140 mil passageiros, de acordo com a EPTC
Reunião sobre dissídio dos rodoviários de Porto Alegre termina sem acordo
O assessor jurídico do Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa), Alceu Machado, confirma que os pagamentos foram suspensos nos últimos dias. Ele condiciona a renovação do contrato com a prestadora dos serviços de saúde com a conclusão da negociação salarial:
– A partir da assinatura de uma nova convenção coletiva, é feita a renovação. Se os trabalhadores não têm (o plano) no dia de hoje, poderão ter na semana que vem.
A proposta recusada pelo sindicato que representa os trabalhadores previa redução no valor do plano de saúde e reajuste salarial de 5,4%, o equivalente à inflação do último ano, mas congelava o vale-alimentação, hoje em R$ 23,48. O pedido da categoria é de aumento de 8,9% e vale de R$ 29.
Somente após a assinatura do acordo é que a prefeitura poderá calcular o novo valor da tarifa de ônibus da Capital. A inflação sobre os insumos e o percentual de reajuste aos trabalhadores são os principais responsáveis pelo aumento anual. Cálculo prévio da EPTC, considerando reajuste de 5,15% aos trabalhadores, chegou a valores de passagens entre R$ 4 e R$ 4,05.