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Dez dias depois da posse, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan (PSDB), anunciou, nesta terça-feira, dois novos nomes para o primeiro escalão de seu governo. O vereador Ramiro Rosário (PSDB) será o secretário de Serviços Urbanos, enquanto o coronel da reserva Kleber Roberto de Lima Senisse será o titular da Secretaria de Segurança.
Sob o comando de Rosário – cuja saída da Câmara abre espaço para Matheus Ayres (PP) –, estarão o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) e parte das atividades do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) e do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP).
– Não importa o dono do buraco, mas buraco tem que ser tapado – afirmou o prefeito, referindo-se à atuação da nova secretaria.
Marchezan, ao falar da pasta, disse que a cidade "precisa voltar a ser bonita como um dia já foi" e que essa será a função da Secretaria de Serviços Urbanos.
Considerada uma das três secretarias-chave de sua gestão, Marchezan escolheu representantes da Brigada Militar e da Polícia Civil para a Segurança. O coronel da reserva da BM Kleber Roberto de Lima Senisse será o titular, enquanto a delegada Claudia Cristina Santos da Rocha Crusius será a adjunta. Uma das ideias do novo governo municipal é criar um fundo específico para a a segurança da Capital, anunciou Marchezan.
– Nós vemos a Guarda Municipal, assim como é usada em diversas cidades de outros Estados, e mesmo em outros países, como uma ferramenta importantíssima. Mas ela tem que estar totalmente integrada dentro de um processo de segurança pública. Não podemos ver uma Guarda Municipal, ter uma Guarda Municipal dentro de um processo independente de um governo, de uma prefeitura ou de uma cidade – avaliou Senisse, ao expor uma de suas ideias sobre a integração da Guarda Municipal ao sistema de segurança pública estadual que atua em Porto Alegre.
Prefeito quer implantar subprefeituras na Capital
Das 15 pastas que compõem o governo do tucano, três permanecem sem titular: Sustentabilidade, Planejamento e Gestão e Transparência e Controladoria-Geral. O prefeito reconheceu a demora, mas destacou, mais uma vez, que quer "as pessoas certas no lugar certo".
Marchezan voltou a citar as dificuldades financeiras enfrentadas por sua administração. Citou que há dívidas de R$ 45 milhões, apresentadas recentemente pelo DMLU, que foram contraídas na gestão anterior e precisarão ser quitadas. Também comentou a ideia de ter subprefeituras espalhadas pela cidade para resolver os problemas dos porto-alegrenses, sem que haja a necessidade de buscarem uma resposta diretamente nas secretarias.
– Vamos otimizar a prestação de serviços. Vamos buscar pessoas com experiência. Com essas pessoas, vamos buscar um modelo ideal de gestão e entrega de serviços na ponta – disse o prefeito.
Essa proposta deve ser construída em quatro meses. Posteriormente, ela será apresentada em forma de projeto e será encaminhada à Câmara de Vereadores de Porto Alegre.