O comandante do policiamento de Porto Alegre, coronel Mário Ikeda, classificou como audacioso o ataque cometido por criminosos contra o ônibus da Carris, na noite passada, na Vila Cruzeiro, zona sul da Capital. Ele falou ao Gaúcha Atualidade na manhã desta quinta-feira (5).
A Brigada Militar acredita que não houve ato de represália devido aos alagamentos na região ocorridos na tarde passada, mas, sim, um arrastão contra os passageiros. De acordo com Ikeda, dois criminosos entraram no coletivo, assaltaram os passageiros e colocaram fogo.
"Eles já entraram com o combustível e, depois de assaltar, colocaram fogo. É audacioso e extremamente violento. Um crime semelhante ao ocorrido no ano passado, no mesmo local", disse.
Desde o começo da manhã desta quinta, a Brigada Militar está com policiamento reforçado na região. Somente nas imediações do posto de saúde da Vila Cruzeiro, 20 policiais estão posicionados e fazem incursões dentro da vila.
Um homem em um carro foi preso. Contra ele havia um mandado de prisão expedido. A presença dos policiais também fez com que os coletivos voltassem a operar na região.
Ontem, após o ataque ao coletivo, 12 linhas pararam de funcionar. Elas só voltaram hoje, às 6h40, após mais de dez horas de paralisação.
O comandante informou que a BM permanecerá no local o quanto for necessário. Ele disse que a situação já está um pouco mais tranquila e a tendência é de que o reforço seja retirado gradativamente nos próximos dias.
"Vamos ficar com o reforço o tempo que for necessário, até que a situação volte ao normal", garantiu.